terça-feira, 1 de dezembro de 2015

1.º de Dezembro de 1640: dia da restauração de um rei português no trono de Portugal

A autonomia (embora nunca completa) do Reino de Portugal e seus Domínios durante os sessenta anos em que teve um rei espanhol não permite falar stricto sensu numa restauração da independência, mas sim da revolta contra as políticas do conde-duque de Olivares com a restauração de um rei português cingindo a coroa.

domingo, 22 de novembro de 2015

Collegia Vniuersitatum in Lingua Latina

Collegia Vniuersitatum in Portucalia Antiquarum
In Portucalia Antiquarum Vniuersitatum Collegia
Antiquarum Vniuersitatum Collegia in Portucalia

Vniuersitas in Olissipo siue Vlixbona
Collegium Sancti Eligii M CC XC I
Collegium Sanctae Annae M CCC XXX VIII
Collegium Sancti Georgii M CD XL VIII
Collegium Sancti Thomae Aquinatis* M D X VII

Monasterium Santae Cruxis in Aeminio siue Conimbrica
Collegium Sancti Michaelis M D XXX V
Collegium Omnium Sanctorum M D XXX V
Collegium Sancti Ioannis Baptistae M D XXX VII
Collegium Sancti Augustini M D XXX VII
Collegium Nouum Sancti Augustini**
siue Collegium Sapientiae M D L V

Vniuersitas Conimbricensis
Collegium Sancti Thomae Aquinatis* M D XXX IX
Collegium Pontificius Regiusque Sancti Petri M D XL
Collegium Nostrae Dominae Montis Carmenis M D XL II
Collegium Iesu et Vndecim Millium Virginum M D XL II
Collegium Nostrae Dominae Gratiae M D XL III
Collegium Sancti Hieronymi M D XL IV
Collegium Sancti Bernardi Claraevallensis
siue Collegium Spiritus Sancti M D XL V
Collegium Sancti Dominici Oxomensis M D XL V
Collegium Sancti Ioannis Euangelistae M D XL V III
Collegium Regius Artis M D XL VIII
Collegium Regius Sancti Pauli Apostoli M D L
Collegium Sancti Bonauenturae in Inferiore Oppido M D L
Collegium Sanctissimae Trinitatis M D L II
Collegium Nouum Sancti Augustini**
siue Collegium Sapientiae M D L V
Collegium Sancti Benedicti M D LX VI
Collegium Nostrae Dominae Conceptionis
siue Collegium Ordinis Militaris Christi Selliensis M D LX VI
Collegium Sancti Petri Tertium M D LXX II
Collegium Sancti Antonii Petrariae M DC II
Collegium Sancti Iosephi Marianorum M DC III
Collegium Ordinum Militarium Sancti Benedicti Auisii
et Sancti Iacobi Gladii M DC X V
Collegium Sancti Bonauenturae in Superiore Oppido M DC X VI
Collegium Sancti Antonii Astrae M DCC VII
Collegium Sanctae Ritae M DCC L V
Collegium Sancti Pauli Primi Eremitae M DCC LXX IX

Vniuersitas Ieborensis
Collegium Spiritus Sancti M D L I
Collegium Sancti Mancii M D LX III
Collegium Puerorum Chori M D LX IV
Collegium Nostrae Dominae Purificationis M D LXX VI
Collegium Sancti Gregorii Magni M D LXX VI
Collegium Matris Dei M D XC V

sábado, 24 de outubro de 2015

Livros em circulação em Portugal em 1547-1548

Livros impressos antes de 1547-1548 e provàvelmente em circulação em Portugal nessas datas:
- Pentateuco (Torah), 1487 Faro [incunábulo, em hebraico, imprensa de Samuel Gacon]
- Sacramental, 1488 Chaves, Clemente Sánchez de Vercial [em português; obra pastoral redigida entre 1421-1425, traduzida do castelhano; aparentemente mandada imprimir pelo arcebispo de Braga Dom Jorge da Costa, Cardeal de Alpedrinha; depois proibida]
- Tratado de Confissom, 1489 Chaves [incunábulo, em português; aparentemente mandada imprimir pelo arcebispo de Braga Dom Jorge da Costa, Cardeal de Alpedrinha]
- Hiddush há-Torah, 1489 [16 Jul] Lisboa, Moses bem Nahman “Naménides” [imprensa de Eliezer Toledano]
- Livro de Orações, Josué Levi; Caminhos do Mundo, Josué Levi; Livro do Temor, Jonah Gerondi; Segredos da Penitência, Ionm Tovb, 1490 Lisboa [imprensa de Eliezer Toledano, em hebraico; 4 obras num só volume]
- Pentateuco (Torah), 1491 Lisboa [imprensa de Eliezer Toledano, em hebraico; versão de Onkelos e comentários de Roshi]
- Provérbios de Salomão, 1492 Lisboa [imprensa de Eliezer Toledano]
- Provérbios com comentários, 1492 Leiria [imprensa de Samuel d’Ortas e filhos, em hebraico]
- Breviário Bracarense, 1494 ? [imprensa de ?; aparentemente mandada imprimir pelo arcebispo de Braga Dom Jorge da Costa, Cardeal de Alpedrinha]
Indulgentia1494 ? Braga, Papa Inocêncio VIII [imprensa de Johann Gherlinc]
- Primeiros Profetas, 1495 Leiria [imprensa de Samuel d’Ortas e filhos, em hebraico]
- Vita Christi, 1495 Lisboa, Ludolfo da Saxónia [imprensa de Valentim Fernandes em parceria com Nicolau da Saxónia, em português traduzido pelos monges de Alcobaça 1445; incunábulo ilustrado, originalmente escrito 1374]
- Almanach Perpetuum, 1496 Leiria, Abraão Zacuto [imprensa de um dos Ortas, em latim; originalmente escrito em hebraico 1473-1478, traduzido para latim e castelhano por Mestre José Vizinho, médico e astrónomo de Dom João II]
- Biur Luchot, 1496 Leiria, Abraão Zacuto [imprensa de Abraão d’Ortas, em latim; originalmente escrito em hebraico, traduzido por José Vizinho]
- Vespasiano, 1496 Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes, ilustrado, em português; novela de cavalaria]
- Missal Bracarense, 1496 ? [imprensa de ?; editada outra vez em 1498; aparentemente mandada imprimir pelo arcebispo de Braga Dom Jorge da Costa, Cardeal de Alpedrinha]
- Constituições do Bispo do Porto, 1497 [4 Jan] Porto, Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto [imprensa de Rodrigo Álvares, em português; 2.ª edição 1506]
- Evangelhos e Epístolas, 1497 Porto, Guilherme de Paris [imprensa de Rodrigo Álvares, tradução em português pelo próprio Rodrigo Álvares]
- Grammatica Pastranae, 1497 Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes, em latim; inicialmente em 3 opúsculos depois reunidos num volume: Thesaurus Pauperum de Pedro Hispano; as Materiae de Pedro Rombo, adaptação do texto Baculum Caecorum de Juan Pastrana, acabadas de imprimir em 27 de Maio de 1497; e as Materiae de António Martins, sinopse do texto de Pastrana, cuja impressão terminou em 20 de Junho de 1497]
- Epistole et Oratines 1.ª parte, 1500 [21 Fev] Lisboa, Cataldo Sículo [imprensa de Valentim Fernandes]
- Glosa famosissima sobre las Coplas de dõ Jorge Marriq, 1501 [10 Abr] Lisboa, Alonso de Cervantes [imprensa de Valentim Fernandes, em castelhano]
- Proverbios de Iñigo Lopez de Mendoza, 1501 Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes, em castelhano]
- Grammatica Pastranae, 1501 Lisboa [imprensa de João Pedro Buonhomini de Cremona, em latim; edição comentada por João Vaz]
- Sacramental, 1502 Lisboa, Clemente Sanchez de Vercial [imprensa de João Pedro Buonhomini de Cremona; em português; obra pastoral redigida entre 1421-1425, traduzida do castelhano; depois proibida]
- O Livro de Marco Polo, 1502 Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes, relato de viagem]
- O Livro de Nicolau Venetto, 1502 Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes, relato de viagem]
- Carta de Jerónimo de Santo Estevão, 1502 Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes, relato de viagem]
- Historia corporis humani sive Anatomice, 1502 Veneza, Alessandro Benedetti [imprensa de Bernardino Guerraldo; redigido em 1497]
- Poemata, 1502 Lisboa, Cataldo Sículo [imprensa de Valentim Fernandes]
- Regimento dos ofiçiaaes... destes Regnos, 1504 [20 Mar] Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes]
- Cathecismo pequeno, 1504 [20 Jun] Lisboa, Dom Diogo Ortiz [imprensa de Valentim Fernandes em parceria com João Pedro Buonhomini de Cremona]
- Regra e diffinçoõs da Ordem do Mestrado de Nosso Senhor Iesu Christo, 1504 Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes, de que foram impressas duas edições]
- Epistola serenissimi principis Hemanuelis... ad Summã Romanu Pontificem, 1505 Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes, carta de Dom Manuel I ao papa Júlio II, em latim]
- Autos dos Apostolos, 1505 [16 Dez] Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes, continuação do texto da Vita Christi]
- Prosodia Gramaticae, 1505 Lisboa, Estêvão Cavaleiro [imprensa de João Pedro Buonhomini de Cremona]
- Amadis de Gaula, 1508 Zaragoza, Garci Rodríguez de Montalvo [imprensa de ?, em castelhano; 4 livros, dos quais o autor escreveu apenas o 4.º, editou os outros]
- Estatutos da Ordem de Santiago, 1509 ? Setúbal [imprensa de Hermão de Kempis]
- Missal segundo costume de Évora, 1509 Lisboa, Dom Lopo Fernandes e Dom Luís Morliz? [imprensa de Germão Galharte]
- Regimento do estrolábio e do quadrante, 1509 Lisboa [imprensa de ?]
- Evangelhos e Epístolas, 1510 Lisboa, Guilherme de Paris [imprensa de Valentim Fernandes, cópia literal da impressão feita por Rodrigo Álvares, Porto]
- Ordenações (manuelinas), 1510-1514 Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes (vols. 1-2) em parceria com João Pedro Buonhomini de Cremona (vols. 3-5), em 5 volumes; 1000 exemplares de cada corpo, num total de 5000 volumes, custaram a avultada soma de 700 mil réis, e o rei Dom Manuel I quis uma cópia impressa em pergaminho para o paço]
- Gramatica Pastranae, 1512 Lisboa [imprensa de João Pedro Buonhomini de Cremona, em latim; edição comentada por Pedro Rombo]
- Epistole et Oratines 2.ª parte, 1513 Lisboa, Cataldo Sículo [imprensa de Valentim Fernandes]
- Livro e Legenda dos Santos Mártires, 1513 Lisboa [imprensa de João Pedro Buonhomini de Cremona]
- Materiae, 1513 Lisboa, Pedro Rombo [imprensa de João Pedro Buonhomini de Cremona]
- Ho Flos Sanctorum em Linguagem Português, 1513 Setúbal, [imprensa de Hermão de Kempis e Roberto Rabelo]
- Visiones 2.ª parte, 1514 Lisboa, Cataldo Sículo [imprensa de Valentim Fernandes]
- Regimento dos Contadores das Comarcas, 1514-1515 Lisboa [imprensa de João Pedro Buonhomini de Cremona]
- Grammatica, 1515 Lisboa, Estevão Cavaleiro [imprensa de Valentim Fernandes]
- Ars Virginis Mariaee, 1515 Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes]
- Ho compromisso e regimento dos officiaes da sancta confraria da Mesericordia, 1515 Lisboa [imprensa de Valentim Fernandes em parceria com Hermão de Kempis]
- Bosco Deleytoso Solitario, 1515 Setúbal [imprensa de Hermão de Kempis]
- Cancioneiro geral, 1516 [28 Set] Setúbal, Garcia de Resende [imprensa de Hermão de Kempis]
- Grammatica, 1517 Lisboa, Estêvão Cavaleiro [imprensa de João Pedro Buonhomini de Cremona]
- Manuale secundum consuetudinem almae Colymbriensis ecclesiae, 1518 [Mar] Lisboa [imprensa  de Valentim Fernandes em parceria com Nicolau Gazini; manual de sacramentos segundo o costume da igreja de Coimbra]
- Reportório dos tempos, 1518 Lisboa, André de Li [imprensa de Valentim Fernandes, versão portuguesa pelo próprio Valentim Fernandes do original castelhano, que era uma compilação baseada em trabalhos de Abraão Zacuto]
- Missale secundum consuetudinem, 1519 Lisboa [imprensa de Germão Galharte, com material tipográfico que comprou aos herdeiros de Valentim Fernandes]
O primeiro [-quinto] liuro das Ordenações, 1521 [11 Mar] Évora ; Lisboa [Iacobo Cronberguer alemam, em 2 volumes]
- Crónica do Imperador Clarimundo, 1522 Coimbra, João de Barros
- Reportorio pera se acharem as materias no livro Spelho de Conciencia, 1530 [9 Ago] Coimbra [imprensa do Mosteiro de Santa Cruz, impressor: Germão Galharte]
- Spelho da Conciencia, 1525 Castela? [imprensa de ?]
- Breuiarium secundum monasteri Sancta Crucis Colimbriensis ordinis diui Augusti, 1531 [Abr] Coimbra [imprensa do Mosteiro de Santa Cruz, impressor: Germão Galharte]
- Gramática de latim, 1531 Coimbra, Dom Marinho de Sousa, professor no Mosteiro [imprensa do Mosteiro de Santa Cruz, impressor: Germão Galharte]
- Livro das constituições e costumes, 1532 Coimbra [imprensa do Mosteiro de Santa Cruz, impressores: Dom Estêvão e Dom Manuel, cónegos; reimpresso 1534]
- Lexicon graecum hebraicum, 1532 Coimbra, Dom Heliodoro de Paiva [imprensa do Mosteiro de Santa Cruz, impressores: Dom Estêvão e Dom Manuel, cónegos; vocabulário de grego e hebraico]
- Ropica pnefma, 1534 ?, João de Barros.
- Cartinha para ensinar a ler, 1534 Lisboa, Dom Diogo Ortiz de Vilhegas, bispo de Viseu [imprensa de Germão Galharte]
- Espelho da perfeição, 1533 Coimbra [imprensa do Mosteiro de Santa Cruz, impressores: Dom Estêvão e Dom Manuel, cónegos; em português]
- Grammatica da Lingoagem Portuguesa, 1536 Lisboa, Fernão de Oliveira [imprensa de Germão Galharte]
- Tratado da sphera com a Theorica do Sol i da Lua (1.º livro da Geographia), 1537 [1 Dez] Lisboa, Cláudio Ptolomeu [imprensa de Germão Galharde, tradução do latim para português e notas de Pedro Nunes]
- Arte pera bem confessar, 1537 Braga [imprensa de Pedro da Rocha, em português traduzido do castelhano]
- Institutiones grammaticae Latinae, 1538 Braga, Nicolau Clenardo [imprensa de Guilherme de Utrecht (Guglielmus a Trajecto)]
- Sacramental, 1539 [15 Fev] Braga, Clemente Sánchez de Vercial [imprensa de Pedro da Rocha, em português traduzido do castelhano]
Repetitio in canone sci[n]dite corda vestra de penite[n]t. distinct. prima, 1539 Lisboa, Bartolomeu Filipe [imprensa de Luís Rodrigues (apud Logdouicum Rotorigium)], 1539
- Gramática da Língua Portuguesa, 1540 Lisboa, João de Barros [imprensa de Ludovico Rotorigius (Luís Rodrigues, liveiro real ?)]
- Enquiridio, o Manual dei cavallero Christiano, 1541 Lisboa, Erasmo de Roterdão [imprensa de Luís Rodrigues, livreiro do Rei; na tradução castelhana de 1527]
Liber de Copia Verborum & Rerum, 1542 Coimbra, Erasmo de Roterdão [imprensa de ?]
L[i]bro dela verdad [e] la fe sin el qual no d[e]ue estar ningu[m] [crist]iano , 1543 [20 Jan] Lisboa, Frei João Soares, Bispo de Coimbra [imprensa de Luis Rodriguez]
- De Revolutionibus Orbium Coelestium, 1543 [24 Mai] Nuremberg, Nicolau Copérnico [imprensa de Johannes Petreium]
- De Humani Corporis Fabrica, 1543 Basel, Andreas Vesalius [imprensa de  Johannes Oporinus]
- Florando d’Inglatierra, 1545 [20 Abr] Lisboa [imprensa de Germão Galharte, em castelhano]
- Confessionario, 1546 [4 Mar] Lisboa, Juan de Pedraza, mestre em Teologia em Coimbra [imprensa de Germão Galharte, em castelhano]
- Libro del muy esforzado caballero Palmerín de Inglaterra hijo del rey don Duardos, 1547 Toledo, Francisco de Morais (mas atribuída nesta edição a Luis Hurtado de Toledo) [imprensa de ?, em castelhano; novela de cavalaria no seguimento do Amadis, originalmente escrito em português, só teve edição nesta língua em 1567 Crónica de Palmeirim de Inglaterra; a tradução para castelhano talvez do tal Luis Hurtado de Toledo]
- Meditaçam da innocentissima morte e payxam de nosso señor, 1547 Coimbra, Frei António de Portalegre [imprensa de João Álvares (e João de Barreira 1552)]
Relectio siue iterata praelectio non modo tenebrosi sed et tenebricosi. c. accepta. de restit. spoliat. / co[m]posita et pronu[n]ciata cora[m] frequentissimo ac lo[n]ge illustri auditorio in inclyta Lusitaniae Coni[m]bricensi Academia, 1547 [13 Set] Coimbra, Martim de Azpilcueta “Doutor Navarro” (Martinu[s] ab Azpilcueta iureconsultu[s] Nauarru[s]) [imprensa de João de Barreira e João Álvares, impressores régios]

Manuscrito da Suma Oriental de Tomé Pires. Biblioteca Nacional de Portugal. 

Livros que circulavam manuscritos em 1547-1548:
- Esmeraldo de Situ Orbis, 1506, Duarte Pacheco Pereira (pub. 1892)
- Suma Oriental, 1515, Tomé Pires (pub. 1942)
- Roteiros, 1538-1541, Dom João de Castro (pub. 1833)
- Comédia Eufrosina, 1545, Jorge Ferreira de Vasconcelos (pub. 1561)
- A lista dos livros proibidos pela Inquisição, 1547 (pub. 1559, 1564)
- Crónica do Imperador Maximiliano, sem data, autor anónimo
- Poesias líricas e novelas de cavalaria avulsas.

Nota: Os títulos em azul foram impressos fora de Portugal, mas a edição estrangeira tinha provável circulação em Portugal.

Bibliografia parcial:
- http://tipografos.net/historia Paulo Heitlinger, 2007
- http://purl.pt/188 Francisco de Sousa Viterbo, 1924
http://tertuliabibliofila.blogspot.fr Rui Martins 2009-2015
https://carreiradaindia.wordpress.com Leonel Vicente 2007-2010

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Quatro desenhos inóquos para encher um post que de outro modo estaria completamente vazio

  

  
Desenhos originais meus (copyright) feitos no Gchat.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Tópicos sobre a Arte Renascentista

O seguinte foi adaptado dos títulos e dos subtítulos do livro "Petite encyclopédie de la Renaissance", Éditions Solar, 2007, que é a tradução francesa do "Grande Atlante del Rinascimento" de Stefano Zuffi.

O Mundo das Cortes 1390-1470
1450-1500 O gótico internacional
1450-1500 Os deveres dos pintores da corte
1342-1477 O modelo borgonhês
1386-1447 Os Visconti em Milão
1401-1418 Florença: as origens do Humanismo
1401-1450 O nascimento da perspectiva
1400-1450 A redescoberta do Mundo Antigo
1380-1427 As viagens de Gentile da Fabriano
1379-1476 A Provença e a influência de Avinhão
1402-1470 A afirmação progressiva de Bruxelas
1370-1490 As cidades da Liga Hanseática
1450-1500 A miniatura
1414-1450 Viagem ao longo do Reno
1450-1500 A Alsácia do gótico tardio
1400-1500 Espanha no século XV
1432-1482 A escola flamenga
1450-1500 Paris e as deslocações da corte da França

O Humanismo 1401-1510
1424-1425 Sobre os andaimes da capela Brancacci
1430-1480 O retrato falante
1426-1432 Jan Van Eyck
1400-1600 A pintura a óleo
1430-1500 O charme de Bruges
1430-1460 Cosme, o Velho, em Florença
1430-1480 Do políptico ao retábulo
1420-1440 Frescos toscanos
1470-1510 Ferrara da "adição hercúlea"
1460-1480 Urbino dos Montefeltro
1432-1468 Rimini heráldica e zodiacal
1440-1460 Pádua
1430-1470 O estúdio de Francesco Squarcione
1430-1485 Monumentos equestres
1450-1500 Imagens de batalha
1420-1492 Piero della Francesca
1400-1500 A "divina proporção" e a "cidade ideal"
1400-1500 A imitação de Cristo
1400-1500 Ouro e terra de Siena
1447-1466 A arte lombarda
1430-1479 Itinerários mediterrânicos de Antonello da Messina
1400-1500 Os embutidos (marchetarias/marqueterias)
1452-1482 Leonardo no estúdio de Verrochio
1450-1503 O Vaticano e o reavivar de Roma
1450-1490 Veneza na alvorada do Renascimento
1442-1490 Os Aragoneses em Nápoles
1460-1506 Na corte dos Gonzaga
1477-1506 Os últimos faustos da Flandres
1450-1500 A Alemanha

Renascença Tardia (Alta Renascença) 1481-1520
1478-1498 A época de Lourenço, o Magnífico
1485-1510 Uma "língua" comum para a arte italiana
1474-1520 A Reconquista e os Reis Católicos
1452-1508 As ambições de Ludovico, o Mouro, Senhor de Milão
1482-1499 Leonardo da Vinci em Milão
circa 1500 Os desenvolvimentos do retrato
1501-1519 A corte de Maximiliano I de Habsburgo
1450-1516 Bosch: pecado e redenção
1480-1530 A idade de ouro de Nuremberga
1490-1520 Humanismo nórdico
1490-1520 Veneza: os teleri das escolas
1500-1520 O tonalismo veneziano
1483-1508 Formação e primeira atividade de Rafael
1475-1505 Miguel Ângelo jovem
1494-1507 Dürer e a Itália
1495-1521 Portugal: o estilo manuelino
1516-1556 A Espanha de Carlos V
1500-1530 Charme e encantamentos pela natureza
1507-1519 Maturidade e velhice de Leonardo
1510-1549 Vénus deitada
1508-1514 As stanze de Rafael
1508-1513 Miguel Ângelo
1508-1520 Rafael em Roma
1507-1528 Dúvidas e grandeza de Dürer
1510-1520 As paixões do jovem Ticiano
1470-1527 Os studioli dos príncipes da Renascença
1505-1598 A corte de Ferrara na época de Ariosto
1520-1540 A extraordinária temporada de Parma

Entre Guerras e Descobertas 1492-1543
1517-1527 Sacrifício e salvação
1517-1542 A Reforma e a arte sacra
1520-1530 A morte de Rafael e o retorno de Miguel Ângelo a Florença
1520-1550 A maneira moderna
1510-1540 A influência de Leonardo
1514-1550 A etiqueta do cortesão
1500-1540 Os italianistas do Norte
1524-1546 Giulio Romano e a nova Mântua
1509-1547 Henrique VIII, um monarca fora da norma
1520-1550 Os "châteaux de la Loire"
1515-1547 A corte de Francisco I
1512-1543 Mestres inquietos da Renascença paduana
1520-1550 Realismo e devoção na Lombardia
1534-1549 A época de Paulo III Farnese
1500-1600 A anatomia revelada
1531-1555 Ticiano e a corte de Espanha

Maneirismo e Contra-Reforma 1543-1606
1530-1580 A escola de Fontainebleau
1539-1560 O classicismo desembarca na lagoa
1500-1576 O crescimento de Antuérpia
1526-1569 Ironia e desencanto
1528-1560 Génova no tempo de Andrea Doria
1545-1564 Os últimos anos de Miguel Ângelo
1539-1587 Florença dos grãos-duques
1550-1600 O jardim "à italiana"
1542-1570 A civilização das ville venezianas
1554-1580 Palladio em Veneza
1570-1576 O final de Ticiano
1560-1590 O estilo dos jesuítas
1556-1598 A Espanha de Filipe II
1541-1614 Domenikos Theotokopoulos torna-se "El Greco"
1550-1600 O teatro
1576-1590 A Sereníssima: declínio da Renascença
1563-1590 As instruções para a arte sacra de Carlos Borromeu
1550-1600 A cena de género e a natureza morta
1550-1610 Da sensualidade ao erotismo
1550-1610 O nascimento da paisagem
1550-1600 Os Países Baixos e sua luta pela independência
1583-1618 Rudolfo II e a corte de Praga
1588-1603 A Inglaterra de Isabel I
1550-1600 Wunderkammern e colecionismo
1560-1592 Os Carracci e o natural
1585-1590 A Roma renovada de Sixto V
1571-1610 Caravaggio em Roma


Artistas Importantes na Europa do Século XVI:
1450-1516 Hieronymus/Jheronimus Bosch [Jeroen van Aken] (es "El Bosco")
1460-1529 Peter Vischer
1460-1531 Tilman Riemenschneider
1466-1530 Quentin Metsys
1471-1528 Albrecht Dürer
1472-1517 Fra Bartolomeo di Paolo del Fattorino [Baccio della Porta]
1473-1531 Hans Burgkmair
1473-1553 Lucas Cranach, o Velho
1475-1546 Gaudenzio Ferrari
1475-1554 Sebastiano Serlio
1475-1564 Miguel Ângelo [Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni] (fr Michel-Ange, es Miguel Ángel, la Michael Angelus)
1478-1510 "Giorgione", Giorgio/Zorzi Barbarelli da Castelfranco
1478-1532 "Mabuse", Jan Gossaert
1480-1528 Matthias Grünewald
1480-1538 Albrecht Altdorfer
1480-1548 Giovan Gerolamo Savoldo
1480-1557 Lorenzo Lotto
1483-1520 Rafael [Raffaello Sanzio] (en Raphael, fr Raphaël, nl Rafaël, de Raffael)
1484-1545 Hans Baldung Grien
1485-1524 Joachim Petenier
1485-1540 Joos Van Cleve [Joos van der Beke]
1485-1540 Jean Clouet
1485-1547 Sebastiano del Piombo
1486-1517 Hermann Vischer
1486-1531 Andrea del Sarto [Andrea d'Agnolo]
1486-1542 Dosso Dossi [Giovanni di Niccolò Luteri]
1486-1561 Alonso González Berruguete
1486-1570 Jacopo Sansovino [Jacopo Tatti]
1488-1576 Tiziano Vecellio (pt/es "Ticiano", cat "Ticià", fr "Titien", en "Titian", de "Tizian", nl "Titiaan", la "Titianus")
1489-1533 Lucas Hugenszoon van Leyden
1489-1534 "Il Correggio" (fr "Le Corrège"), Antonio Allegri da Correggio
1490-1561 Jean Cousin, o Pai
1494-1557 "Il Pontormo" (fr "Le Pontormo"), Jacopo Carrucci
1499-1546 Giulio Romano (fr Jules Romain) [Giulio Pippi de Giannuzzi]
1495-1540 Rosso Fiorentino [Giovan Battista di Jacopo]
1495-1562 Jan Van Scorel
1497-1543 Hans Holbein, o Jovem
1498-1574 Maerten Van Heemskerck
1500-1567 Ligier Richier
1500-1571 Benvenuto Cellini
1503-1540 "Il Parmigianino" (fr "Le Parmesan"), Girolamo Francesco Maria Mazzola
1503-1572 "Il Bronzino", Agnolo Bronzino [Agnolo di Cosimo di Mariano]
1504-1570 Francesco Primaticcio (fr "Le Primatice")
1507-1575 Pieter Aertsen
1508-1580 Andrea Palladio [Andrea di Pietro della Gondola]
1510-1572 François Clouet
1510-1586 Luis de Morales
1510-1592 Jacopo Bassano [Jacopo da Ponte]
1519-1570 Frans Floris [Frans de Vriendt]
1519-1594 "Il Tintoretto" (fr "Le Tintoret"), Jacopo Robusti [Jacopo Comin]
1520-1576 Antoon/Anthonis Mor van Darshorst (pt António Mouro, es/it Antonio Moro, en Anthony More)
1521-1599 Antoine Caron
1525-1569 Pieter Bruegel, o Velho
1527-1593 Giuseppe Arcimboldo
1528-1588 Paolo Veronese [Paolo Caliari] (fr "Véronèse")
1529-1590 Germain Pilon
1529-1608 "Giambologna", Jehan de Boulogne
1535-1612 Federico Barocci [Federico Fiori] (fr "Le Baroche")
1541-1614 "El Greco", Domenikos Theotokopoulos [Δομήνικος Θεοτοκόπουλος]
1546-1611 Bartholomeus Spranger
1547-1619 Nicholas Hilliard
1560-1609 Annibale Carracci (fr Annibal Carrache)
1560-1626 Adriaen De Vries
1564-1609 Joseph Heintz


ITÁLIA
Românico
Pré-Renascimento--1390-1410
Renascimento-------1420-1510
Alto Renascimento-1481-1520
Maneirismo---------1520-1590
Barroco--------------1590-1720
Rococó-------------

FRANÇA
Românico
Gótico
Renascimento--1490-
Maneirismo-----1550-1620
Classicismo-----1620-1700
Barroco----------1650-1750
Rocaille----------1730-1760
Rococó-----------1750-
Neoclassicismo-1760-

ESPANHA E ULTRAMAR
Românico
Gótico
Plateresco
Renascimento-
Maneirismo-----1550-1620
Barroco----------1620-1750
Rococó-----------1750-
Neoclassicismo-

PORTUGAL E ULTRAMAR
Românico
Gótico
Manuelino------1490-1570
Renascimento--1530-1540
Maneirismo----1540-1660
Barroco---------1680-1760
Rococó---------
Neoclassicismo-1790...

PAÍSES BAIXOS E BORGONHA
Românico
Gótico
Renascimento--
Maneirismo-----
Barroco----------
Neoclassicismo-

INGLATERRA, ESCÓCIA E IRLANDA
Românico
Gótico
Tudor----------------
Renascimento------1600-
Paladianismo-------1610-1660
Barroco-------------1660-1720
Neopaladianismo--1720-1770
Neoclassicismo----1770...

SACRO-IMPÉRIO E TERRAS GERMÂNICAS
Românico
Gótico
Renascimento--
Maneirismo-----
Barroco----------
Neoclassicismo-

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dilbert, precise and accurate.








A tira diária Dilbert é da autoria de Scott Adams.

domingo, 9 de agosto de 2015

Arquitetura em Portugal entre o Gótico e o Barroco

Tenho estado a ler qualquer coisa sobre História da Arte e experimento alguma dificuldade em compreender os estilos artísticos dos séculos XVI e XVII em Portugal. Parece-me que a cronologia dos estilos não corresponde em nada àquela que se pode encontrar quando se lê sobre o Renascimento Italiano, ou sobre o Maneirismo, um estilo largamente descrito como internacional mas sem que os autores se dignem a explicar porquê... As coisas complicam-se ainda mais pela existência de um estilo exclusivamente português, o Manuelino, que só se costuma aplicar à Arquitectura, e que é substâncialmente diferente tanto do estilo renascentista italiano, como dos góticos [inter]nacionais...

Então decidi coligir uma lista de obras arquitectónicas pertencentes a estes três estilos em Portugal, como referência e para consulta futura. A atribuição das obras a um estilo definitivo nem sempre é consensual, portanto esta lista é o meu consensus, se tal me é permitido no meu blog pessoal (não tem valor académico). As fontes (que não vou listar) são vastas e vão desde simples páginas em linha até artigos científicos, passando pelo excelente site http://www.monumentos.pt/ e por grandes calhamaços de divulgação. No fim, uma lista de arquitectos e escultores que trabalharam no território português no século XVI.

Manuelino (estilo gótico manuelino ou gótico nacional português)
1390-1540 Sé Catedral da Guarda
1490-1510 Mosteiro de Jesus, Setúbal
1499-1533 Sala do Capítulo do Convento de Cristo, Tomar
1501-1528 Arcadas do Claustro Real do Mosteiro da Batalha
1501-1563 Mosteiro dos Jerónimos (igreja, sacristia), Lisboa*
1502-1520 Galeria das Damas, Palácio Dom Manuel, Évora*
1514-1520 Torre de Belém, Lisboa
1514-1538 Convento do Bom Jesus de Valverde, Évora*
1517-1522 Capela da Universidade de Coimbra*
1518-1533 Portal e Entrada das Capelas Imperfeitas, Batalha*
1522-1526 Portal do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra
1523-1523 Casa dos Bicos (portais), Lisboa*

Janela do claustro manuelino escondido por detrás do claustro maneirista. 
Convento de Cristo de Tomar. Foto de Hugo Carriço.

Renascentista (estilo renascentista italiano ou clássico "à antiga")
1513-15?? Jardim e Casas Pintadas, Évora
1517-1541 Mosteiro dos Jerónimos (claustro), Lisboa*
1523-1523 Casa dos Bicos (fachada), Lisboa*
1525-1540 Igreja e Paço do Forte de São João Baptista da Foz, Porto
1525-1556 Galeria das Damas, Palácio Dom Manuel, Évora*
1528-1535 Claustro da Sé de Viseu
1528-1554 Quinta da Bacalhoa, Azeitão
1528-1528 Claustro da Manga, Coimbra
1530-1540 Porta Especiosa da Sé Velha de Coimbra
1531-1537 Aqueduto da Água de Prata, Évora
1532-1563 Fachada Principal do Paço Ducal de Vila Viçosa
1533 Loggia (varanda) das Capelas Imperfeitas, Batalha
1535-1573 Ermida de Nossa Senhora da Conceição, Tomar
1537-1540 Igreja da Graça, Évora
1538-1545 Capela e Claustro da Mitra, Convento de Valverde, Évora*
1554-1583 Capela das Onze Mil Virgens, Alcácer do Sal
1558-1562 Portais da Igreja da Misericórdia de Braga
1565-1586 Igreja de São Roque (estrutura e exterior), Lisboa

Interior da Ermida de Nossa Senhora da Conceição, Tomar. Imagem recortada da página do fotógrafo Sotero Ferreira, onde se pode ver todo o interior em panorâmica. 

Maneirista (estilo renascentista final ou "à maneira italiana")
1528 Portal da Igreja de Atalaia, Vila Nova da Barquinha
1529-1548 Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Abrantes
1544~1702 Edifícios dos Colégios Universitários, Coimbra
1550-1609 Sés Catedrais de Leiria, Miranda e Portalegre
1554-1564 Convento de Cristo (claustro de Dom João III), Tomar
1557-1563 Igreja de Santo Antão, Évora
1562-1619 Sé Catedral de Goa, Velha Goa
1565-1656 Azulejos da Quinta da Bacalhoa, Azeitão
1571-1601 Mosteiro dos Jerónimos (capela-mor nova etc), Lisboa*
1572-1657 Ampliações de fortificações militares
1575-1596 Igreja da Luz em Carnide, Lisboa
1580-1759 Igrejas e Colégios da Companhia de Jesus
1582-15?? Igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora, Lisboa
1585-1594 Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo
1605-1613 Altar e Azulejos da Capela da Universidade de Coimbra*
1610-1622 Parte terminal do Aqueduto da Amoreira, Elvas
1635-1638 Fachada da Sé de Viseu
1660-1678 Palácio e Jardins dos Marqueses de Fronteira, Lisboa

Fonte com embrechados nos Jardins do Palácio Fronteira, Lisboa. Foto de Franck Ripert.

*obras que são uma mistura dos três estilos.

O Barroco em Portugal só existe mesmo no século XVIII, com pouca expressão no século anterior (a Igreja da Divina Providência em Lisboa, segundo planos de Guarini dos anos 1650, parece que nunca chegou a ser construída; a Igreja de Santa Engrácia em Lisboa começou a ser construída em 1682, mas só foi acabada em 1966...), mas a convivência de estilos clássicos ou classicisantes com o estilo barroco ocorreu ao longo de todo o século XVII fora de Itália (por exemplo, na França de Luís XIV, cf. Vaux-le-Vicomte vs. colunata do Louvre).

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Arquitectos em Portugal no Século XVI
14??-1512 Olivier de Gand
14??-1515 Mateus Fernandes
14??-1519 Jean d'Ypres
14??-1521 Marcos Pires
1460-1527 Diogo Boitaca [Jacques Boytac]
14??-1531 Diogo de Arruda
14??-1547 Francisco de Arruda
1470-1551 Nicolau Chanterene [Nicolas de Chantereyne]
1470-1552 João de Castilho [Juan de Castillo]
1???-1563 Miguel de Arruda
1500-1566 Diogo de Torralva
14??-1574 Diogo de Castilho [Diego de Castillo]
1500-1580 João de Ruão [Jean de Rouen]
15??-1580 Afonso Álvares
1517-1585 Francisco d'Olanda
1520-1590 António Rodrigues
1520-1597 Filipe Tércio [Filippo Terzi]
1560-1630 Baltasar Álvares

sábado, 8 de agosto de 2015

Citações Intelectuais

"Il n'y avait pas à attirer le désir. Il était dans celle qui le provoquait ou il n'existait pas. Il était déjà là dès le premier regard ou bien il n'avait jamais existé. Il était l'intelligence immédiate du rapport de sexualité ou bien il n'était rien."
- Marguerite Duras, in L'Amant, 1984, p. 28.

"(...) mankind, so incomparably better known than any other animal."
- Charles Darwin, in On the Origin of Species, 1859 (1st ed.), p. 67.

"One of the essential lessons, as well as the pleasures, of the study of history is that the past is always changing -- its profile shifts and new features are thrown into relief as the light of each different present catches it."
- David Cottington, in Modern Art: A Very Short Introduction, p. 98.

"Não me interessa ter razão, não tenho apetência para esse tipo de poder, de marcar uma posição, dar um murro na mesa. Se entro numa discussão é à maneira chinesa, simplesmente para sugerir que pode haver outra maneira de olhar para as coisas."
- Mia Couto em entrevista à RA-Rede Angola, 30 de Junho de 2014.

"(...) mas apesar disso lá tinha calcanhar o nosso Aquiles. Era homem como os outros, outros Aquiles andam por aí que são da cabeça aos pés um imenso calcanhar."
- Machado de Assis, in Contos Fluminenses "1. Miss Dolar", p. 7.

"(...) nem só os cegos precisam de bengala (...) um homem não vai menos perdido por caminhar em linha recta."
- José Saramago, in O Ano da Morte de Ricardo Reis, p. 75 (Col. Mil Folhas).

Imagem de autor e local desconhecidos.

"Your function is to establish the fact and reveal its mechanism; you can't obligate it merely by inventing unlikely corollaries."
- Rex Stout, in  Some Buried Caesar, p. 28. Words of Nero Wolfe.

"Since only simply structured explanations can be successfully transfered to students, you are forced to distill your work into a small number of dimensions. The pay off is that not only the students understand what you are doing, but, at last, you do too! If you are not teaching and only present your work to specialists, you can get by with explanations that are a vast tangle of multidimensional jargon and you never really understand what is going on in your work."
- Patrick Cavanagh, in Current Biology 24(7): R260-R262, 2014, Q&A.

"For my part, I have found that when I wish to write a book on some subject, I must first soak myself in detail, until all the separate parts of the subject-matter are familiar; then, some day, if I am fortunate, I perceive the whole, with all its parts duly interrelated. After that, I only have to write down what I have seen."
- Bertrand Russell, in A History of Western Philosophy, 1945, p. 145.

"An orderly, upright man with a well-ordered erudition and a gift for communication is more suitable to become a professor that a scholarly monster who labours only for himself and the world or who does little for his students, or a genius who has offensive morals and who does not think it worth the labour to employ diligence on lectures for his students, or a rhapsodic polymath who strews everything together without any connection and has no proper method of instruction."
- L. H. Jacob, 1798 [in W. Ruëgg, A History of the University in Europe, Vol. II, p. 214].

"Nothing I have ever done is of the slightest practical use."
- G. H. Hardy, FRS, mathematician, Copley Medal, etc.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Ana Hatherly (1929-2015)

"É preciso compreender", texto visual n.º 9, in "A reinvenção da leitura: breve ensaio crítico seguido de 19 textos visuais", 
Editorial Futura, Lisboa, 1975, p. 38.

domingo, 2 de agosto de 2015

Listas Várias de Várias Coisas

Os Doze Apóstolos:
Simão Pedro
João Evangelista
Tiago Maior
Tiago Menor
Bartolomeu
Filipe
André
Simão Alfei
Judas Tadeu
Judas Iscariotes
Mateus Evangelista
Tomé
[Matias]
[Paulo]

As Três Virtudes Teologais:
Fé (fides)
Esperança (spes)
Caridade (caritas)

As Quatro Virtudes Cardeais:
Fortaleza (fortitudo)
Justiça (iustitia)
Temperança (temperantia)
Prudência (prudentia)

As Cinco Virtudes Intelectuais:
Razão (nous)
Ciência (episteme)
Sabedoria (sophia)
Prudência (phronesis)
Arte (techne)

As Sete Artes Liberais:
Gramática (trivii)
Rètórica (trivii)
Dialética (trivii
Aritmética (quadrivii)
Geometria (quadrivii)
Astronomia (quadrivii)
Música (quadrivii)
[Filosofia Moral]
[Filosofia Natural]

Os Quatro Humores:
Sangue
Fleuma
Bílis Amarela
Bílis Negra

As Nove Musas:
Calíope, musa da Eloquência
Clio, musa da História
Euterpe, musa da Música
Érato, musa da Poesia
Melpómene, musa da Tragédia
Polímnia, musa da Liturgia
Terpsicore, musa da Dança
Tália, musa da Comédia
Urânia, musa da Astronomia

Os Doze Deuses Olímpicos
Zeus > Júpiter
Hera > Juno
Possídon/Possídão > Neptuno
Deméter > Ceres
Atena > Minerva
Apolo > Apolo ou Febo ou Hélio
Artémis/Ártemis/Artemísia > Diana
Ares > Marte
Afrodite > Vénus
Hefesto > Vulcano
Hermes > Mercúrio
Héstia > Vesta
[Dioniso > Baco]
[Hades > Plutão]

A Numeração das Artes Modernas:
1.ª Música (som)
2.ª Dança e coreografia (movimento)
3.ª Pintura (cor)
4.ª Escultura e arquitectura (volume)
5.ª Teatro e mímica (representação)
6.ª Literatura (palavra)
7.ª Cinema (soma de todas as outras)
8.ª Fotografia (imagem)
9.ª Banda desenhada (cor, palavra, imagem)
10.ª Jogos de vídeo
11.ª Arte digital
[Modelismo]
[Televisão]
[Poesia]
[Culinária]

quinta-feira, 30 de julho de 2015

C'est beau l'amour, M'sieur !


Eu caminhava pelo passeio. Do meu lado esquerdo, grandes árvores com folhas novas estavam plantadas a distâncias regulares, separando o estacionamento dos automobilistas do passeio dos pedestres. Era Domingo, não havia ali gente a caminhar para além de mim.

Mas havia gente. No espaço por onde eu teria de passar estavam um miúdo e uma miúda tentando abraçar-se, beijando-se mal, muito adolescentes. Eram um casal muito recentemente casal, coisa de minutos, e era a primeira vez que qualquer um dos dois se via casal.

Como eles estavam mesmo no meio do passeio, eu desviei o rumo, e é então que vejo atrás de uma árvore um outro miúdo (o amigo em comum que certamente potenciou aquele encontro). Eu devia ir a sorrir porque este miúdo olhou para mim e disse: "C'est beau l'amour, M'sieur." Eu assenti e o casal de amoureux separou-se, muito corados, mas sorrindo muito.

C'est beau l'amour !

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Lista anacrónica dos colégios ligados à Universidade de Lisboa-Coimbra 1290-1834

Este post vem no seguimento do seguinte post neste mesmo blogColégios Universitários em Coimbra (mais uma actualização...), entre outros...

Studium Generale, Vniuersitatis
1291-1464 Colégio de Santo Elói (do bispo Jardo)§
1338-1497 Colégio de Santa Ana (de Mestre Pedro)§
1448-1459 Colégio de São Jorge (do Doutor Mangancha)
1517-1834 Colégio de São Tomás Aquinas*
1535-1547 Colégio de São Miguel**
1535-1547 Colégio de Todos-os-Santos**
1537-1544 Colégio de São João Baptista**
1537-1544 Colégio de Santo Agostinho**
1540-1834 Colégio de Nossa Senhora do Carmo
1540-1834 Colégio Pontifício e Real de São Pedro
1542-1759 Colégio das Onze Mil Virgens ou de Jesus***
1543-1834 Colégio de Nossa Senhora da Graça
1543-1834 Colégio de São Jerónimo
1545-1834 Colégio de São Bernardo ou do Espírito Santo
1545-1566 Colégio de São Domingos
1548-1834 Colégio de São João Evangelista
1548-1759 Colégio Real das Artes***
1550-1834 Colégio Real de São Paulo Apóstolo
1550-1834 Colégio de São Boaventura (na Baixa)
1552-1834 Colégio da Santíssima Trindade
1552-1834 Colégio Novo de Santo Agostinho ou da Sapiência
1555-1834 Colégio de São Bento
1566-1834 Colégio de Nossa Senhora da Conceição
1572-1834 Colégio de São Pedro
1602-1834 Colégio de Santo António da Pedreira
1603-1834 Colégio de São José
1615-1834 Colégio das Ordens Militares
1616-1834 Colégio de São Boaventura (na Alta)
1707-1834 Colégio de Santo António da Estrela
1755-1834 Colégio de Santa Rita
1779-1834 Colégio de São Paulo Eremita

§ A data final é a data do último registo escrito que menciona o colégio.
* Criado em Lisboa, foi o único colégio a transferir-se para Coimbra com a Universidade entre 1537 e 1539, com um largo período passado no Mosteiro da Batalha em 1538.
** Colégios do Mosteiro da Santa Cruz de Coimbra, os dois primeiros desapareceram efectivamente quando os edifícios foram requisitados para instalação da Inquisição em 1547, os dois últimos quando as aulas foram transferidas para a alçada da Universidade em 1544.
*** O Colégio das Artes ficou sob a alçada dos Jesuítas em 1555, que construíram um edifício junto ao Colégio de Jesus; foram ambos extintos com a expulsão da Companhia, mas o das Artes manteve-se em funções com o nome de Real Colégio dos Nobres das Três Províncias (mais informação sobre este colégio noutro post).

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Não trajais borzeguis pretos


Não trajais borzeguis pretos,
que na corte são defesos,
ora com borzeguis pretos!

Não trajais o qu'é defeso,
porque quem trai o vedado,
anda sempre aventurado,
a ser avexado e preso.

Creio-vos andar aceso,
ora em cuidados secretos,
ora com borzeguis pretos!

E se saber a razão
deste meu trajo quereis:
a cor que trajo nos pés
me deu do coração.
porque os meus cuidados,
acesos e mais secretos,
era má ventura pretos!

Vilancico de anónimo português do século XVI

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Uuuuh / Ah, pois, pois / Hm, exacto / Aaaah

Rádio Comercial - Mixórdia de Temáticas - Uuuuh: um estudo

Como eu sinto falta de poder usar destes truques da língua portuguesa no meu dia-a-dia...

sábado, 18 de abril de 2015

Mariano Gago (1948-2015)


"...faço também parte de uma geração que, na Europa, na América, e noutras partes do mundo, quis levar a ciência para a rua, levar a experimentação para a escola, trazer a argumentação científica para dentro dos debates de sociedade e para a decisão política democrática."

Prof. Doutor Mariano Gago, Entrevista à revista Análise Social, em 2011.

sábado, 11 de abril de 2015

PHD Comics are pretty accurate!


http://www.phdcomics.com/comics.php Copyrighted by Jorge Cham

domingo, 1 de março de 2015

Prémios Científicos em Biologia

Este é um pequeno post com exemplos de prémios atribuídas em Biologia, mas apenas aqueles em áreas mais clássicas (Zoologia, Botânica, etc.) e os de Genética e Biologia Evolutiva. Deixo de parte todas aquelas áreas hoje bem estabelecidas na Biologia mas que implicam a destruição da Vida para ver o que está lá dentro (áreas bioquímicas, biologia molecular, omics e do campo da saúde)... Abstenho-me também de mencionar o Prémio Nobel da Fisiologia, que é sobejamente afamado (ainda que nem sequer seja o de maior valor pecuniário). Igualmente excluo todos os prémios que gratificam conexões entre as Ciências Biológicas e as Ciências Sociais e Humanas, ou que tentam gratificar aplicações científicas a questões sociais ou de sociedade. Escolhi contemplar apenas os prémios que possam ser atribuídos a qualquer pessoa de qualquer nacionalidade ou, pelo menos, a um grupo vasto e aberto de pessoas (isto é, não incluí aqueles que só são atribuídos a membros de sociedades, ou das universidades especificadas, ou a ex-alunos de uma dada escola, etc.).


GRANDES ÁREAS

Medalha Copley, anverso e reverso
Medalha Copley Copley Medal
Atribuída pela Real Sociedade (The Royal Society), Reino Unido, por realizações notáveis na investigação em qualquer ramo da Ciência, anualmente desde 1731. Actualmente é atribuída quer a um cientista físico (anos ímpares) quer a um cientista biológico (anos pares) alternadamente. [1]

Medalha Lineana, exemplar atribuído a Wallace em 1892
Medalha Lineana The Linnean Medal
Atribuída pela Sociedade Lineana de Londres (The Linnean Society of London), Reino Unido, a um biólogo por serviços à Ciência, anualmente desde 1888. [2]

Ambos os lados da medalha DW de ouro de 1908 (actualmente a medalha é de prata)
Medalha Darwin-Wallace The Darwin-Wallace Medal
Atribuída pela Sociedade Lineana de Londres (The Linnean Society of London), Reino Unido, a pessoas que tenham feito avanços maiores em Biologia Evolutiva, anualmente desde 2010. Tinha sido criada para comemorar o quinquagésimo, o centésimo e o centésimo quinquagésimo aniversários da apresentação do artigo de co-autoria de Darwin e Wallace em 1858 (e portanto atribuído três vezes antes de 2010). [3]

Medalha John C. Marsden The John C. Marsden Medal
Atribuída pela Sociedade Lineana de Londres (The Linnean Society of London), Reino Unido, à melhor tese doutoral em Biologia defendida num único ano lectivo (de Outubro a Setembro), anualmente desde 2012. Está aberta a todos os doutorandos cuja investigação tenha sido levada a cabo enquanto estiveram matriculados numa instituição qualquer do Reino Unido. [4]

Prémio Irene Manton Irene Manton Prize
Atribuída pela Sociedade Lineana de Londres (The Linnean Society of London), Reino Unido, à melhor tese doutoral em Botânica defendida num único ano lectivo (de Outubro a Setembro), anualmente desde 1990. Está aberta a todos os doutorandos cuja investigação em qualquer ramo das Ciências Vegetais tenha sido levada a cabo enquanto estiveram matriculados numa instituição qualquer do Reino Unido. [5]

Prémio Cientista da Vida em Início de Carreira Early Career Life Scientist Award
Atribuída pela Sociedade Americana para a Biologia Celular (American Society for Cell Biology), Estados Unidos, a um cientista notável que tenha defendido a tese doutoral há não mais de 12 anos, e que seja investigador independente há não mais de 7 anos, anualmente desde 1999. [6]

Prémio John Maynard Smith John Maynard Smith Prize
Atribuído pela Sociedade Europeia para a Biologia Evolutiva (European Society for Evolutionary Biology), sedeada nos Países Baixos, a um notável jovem biólogo evolutivo, de dois em dois anos desde 1997. [7]

Medalha do Bicentenário The Bicentenary Medal
Atribuída pela Sociedade Lineana de Londres (The Linnean Society of London), Reino Unido, a um biólogo de idade inferior a 40 anos em reconhecimento por excelente trabalho, anualmente desde 1978. [8]

Medalha Thomas Hunt Morgan Thomas Hunt Morgan Medal
Atribuída pela Sociedade de Genética da América (Genetics Society of America), Estados Unidos, por contribuições durante toda a vida ao campo da Genética, anualmente desde 1981. [9]

Prémio Edward Novitski Edward Novitski Prize
Atribuído pela Sociedade de Genética da América (Genetics Society of America), Estados Unidos, em reconhecimento de um nível extraordinário de criatividade e engenho intelectual na solução de problemas significativos na investigação Genética, anualmente desde 2008. [10]

Medalha Waddington Waddington Medal
Atribuída pela Sociedade Britânica para a Biologia do Desenvolvimento (British Society for Developmental Biology), Reino Unido, por conduta de investigação notável e também por serviços à comunidade da Biologia do Desenvolvimento, anualmente desde 1998. [11]

Prémio Internacional para a Biologia 国際生物学賞
Atribuído pela Sociedade do Japão para a Promoção da Ciência (日本学術振興会), Japão, por uma notável contribuição ao avanço da investigação em Biologia Fundamental, anualmente desde 1985. [12]

Prémio Robert H. MacArthur Robert H. MacArthur Award
Atribuído pela Sociedade Ecológica da América (Ecological Society of America), Estados Unidos, a um ecólogo estabelecido que esteja a meio da carreira por contribuições meritórias à Ecologia, na expectativa de continuação de investigação ecológica notável, de dois em dois anos desde 1983. [13]

Prémio Sewall Wright Sewall Wright Award
Atribuído pela Sociedade Americana de Naturalistas (American Society of Naturalists), Estados Unidos, a um investigador activo de nível superior que faça contribuições fundamentais para a unificação conceptual das Ciências Biológicas, anualmente desde 1992. [14]

Prémio Stamford Raffles Stamford Raffles Award
Atribuído pela Sociedade Zoológica de Londres (Zoological Society of London), Reino Unido, por distintas contribuições à Zoologia, aberto a zoólogos amadores ou zoólogos profissionais com contribuições fora da sua área de profissionalização ou especialidade, anualmente desde 1961. [15]

Prémio Indianápolis Indianapolis Prize
Atribuído pelo Zoo de Indianápolis (Indianapolis Zoo), Estados Unidos, por contribuições extraordinárias aos esforços de Conservação que afectem uma ou mais espécies animais, de dois em dois anos desde 2006. [16]

Prémio Kempe para Ecólogos Distintos Kempe Award for Distinguished Ecologists
Atribuído em cooperação pelas Fundações Kempe, pela Universidade de Umeå e pela Universidade Sueca de Ciências Agronómicas (Kempestiftelserna, Umeå Universitet, Sveriges Lantbruksuniversitet), a indivíduos notáveis dentro da ciência da Ecologia, de dois em dois anos desde 1994. [17]

Prémio ECI ECI Prize
Atribuído pelo Instituto Internacional de Ecologia e pela Fundação Otto Kinne (International Ecology Institute, Otto Kinne Foundation), Alemanha, a um ecólogo que se distinga por notáveis e sustentadas realizações científicas, anualmente desde 1986. [18]

Prémio de Ecologia Marsh Marsh Ecology Award
Atribuído em cooperação pelo Fundo Cristão Marsh e pela Sociedade Ecológica Britânica (Marsh Christian Trust, British Ecological Society), Reino Unido, a uma descoberta ou um desenvolvimento notável e recente que tenha tido um impacto significativo no desenvolvimento da ciência da Ecologia ou sua aplicação, anualmente desde 1996. [19]

Prémio Pearl Meister Greengard Pearl Meister Greengard Prize
Atribuído pela Universidade Rockefeller (Rockefeller University), Estados Unidos. a uma mulher cientista em Biologia, anualmente desde 2004. [20]

Prémio Excelência em Ciência da FASEB FASEB Excellence in Science Award
Atribuído pela Federação de Sociedades Americanas para a Biologia Experimental (Federation of American Societies for Experimental Biology - FASEB), Estados Unidos, a mulheres com realizações notáveis nas Ciências Biológicas, anualmente desde 1989. [21]

Prémio Pfizer da Real Sociedade Royal Society Pfizer Award
Atribuído pela Real Sociedade (The Royal Society), Reino Unido, a investigadores em início de carreira e sedeados em África que tenham feito contribuições inovadoras para as Ciências Biológicas em África, anualmente desde 2006. [22]


ÁREAS DE BIOLOGIA CLÁSSICA (HISTÓRIA NATURAL)

Medalha Romer-Simpson Romer-Simpson Medal
Atribuído pela Sociedade de Paleontologia Vertebrada (Society of Vertebrate Paleontology), Estados Unidos, por excelência académica sustentada e notável, e por serviço à disciplina de Paleontologia Vertebrada, anualmente desde 1987. [23]

Medalha Acharius Acharius Medal
Atribuída pela Associação Internacional para a Liquenologia (International Association for Lichenology), sedeada na Alemanha, por realizações ao longo da vida em Liquenologia, de dois em dois anos desde 1992. [24]

Medalha John Hobbs John Hobbs Medal
Atribuída pela Real União Australasiática de Ornitologistas (Royal Australasian Ornithologists Union), Austrália, a um cientista amador por contribuições notáveis à Ornitologia, anualmente desde 1995. [25]

Prémio de Investigação Loye e Alden Miller Loye and Alden Miller Research Award
Atribuído pela Sociedade Ornitológica Cooper (Cooper Ornithological Society), Estados Unidos, para reconhecer realizações ao longo da vida em investigação ornitológica, anualmente desde 1993. [26]

Prémio C. W. Woodworth C. W. Woodworth Award
Atribuído pela Sociedade Entomológica da América (Entomological Society of America), Estados Unidos, por uma realização em Entomologia na região do Pacífico dos Estados Unidos nos 10 anos anteriores, anualmente desde 1969. [27]

Medalha Gilbert Morgan Smith Gilbert Morgan Smith Medal
Atribuído pela Academia Nacional das Ciências (National Academy of Sciences), Estados Unidos, em reconhecimento da excelência por investigação publicada sobre algas marinhas ou de água doce, de três em três anos desde 1979. [28]

Palestra Memorial de Larry Sandler Larry Sandler Memorial Lecture
Atribuído pela Sociedade de Genética da América (Genetics Society of America), Estados Unidos, à melhor dissertação do ano precedente com investigação sobre Drosophila, anualmente desde 1988. [29]

Medalha John Spedan Lewis The John Spedan Lewis Medal
Atribuída pela Fundação John Spedan Lewis (John Spedan Lewis Foundation), Reino Unido, a um indivíduo que faça contribuições significativas e inovadoras à Conservação, particularmente à Ornitologia, Entomologia ou Horticultura no Reino Unido, anualmente. [30]


Referências:
[1] https://royalsociety.org/awards/copley-medal/
[2] http://www.linnean.org/The-Society/awards_and_grants/Medals+and+Prizes
[3] http://www.linnean.org/The-Society/awards_and_grants/Medals+and+Prizes
[4] http://www.linnean.org/The-Society/awards_and_grants/Medals+and+Prizes
[5] http://www.linnean.org/The-Society/awards_and_grants/Medals+and+Prizes
[6] http://en.wikipedia.org/wiki/Early_Career_Life_Scientist_Award; http://ascb.org/early-career-life-scientist-award/
[7] http://www.eseb.org/
[8] http://www.linnean.org/The-Society/awards_and_grants/Medals+and+Prizes; http://en.wikipedia.org/wiki/Bicentenary_Medal_of_the_Linnean_Society
[9] http://www.genetics-gsa.org/awards/thomashuntaward.shtml
[10] http://www.genetics-gsa.org/awards/novitskiaward.shtml; http://www.genetics-gsa.org/awards/pastawards.shtml
[11] http://bsdb.org/awards/the-waddington-medal/
[12] http://www.jsps.go.jp/j-biol/
[13] http://esa.org/history/robert-h-macarthur-award/
[14] http://en.wikipedia.org/wiki/Sewall_Wright_Award
[15] http://www.zsl.org/science/zsl-science-and-conservation-awards
[16] http://www.indianapolisprize.org/sites/prize/sitepages/home.aspx
[17] http://en.wikipedia.org/wiki/Kempe_Award_for_Distinguished_Ecologists
[18] http://www.int-res.com/ecology-institute/eci-home/; http://www.int-res.com/ecology-institute/okf/
[19] http://www.britishecologicalsociety.org/grants-awards/honours_awards_prizes/marsh-award-for-ecology/
[20] http://greengardprize.rockefeller.edu/
[21] http://www.faseb.org/About-FASEB/Awards/Excellence-in-Science-Award.aspx
[22] https://royalsociety.org/awards/pfizer-award/
[23] http://vertpaleo.org/Awards/Award-(7).aspx
[24] http://www.lichenology.org/
[25] http://www.birdlife.org.au/who-we-are/our-organisation/awards-scholarships; http://en.wikipedia.org/wiki/John_Hobbs_Medal
[26] http://en.wikipedia.org/wiki/Loye_and_Alden_Miller_Research_Award
[27] http://en.wikipedia.org/wiki/C._W._Woodworth_Award
[28] http://www.nasonline.org/about-nas/awards/gilbert-morgan-smith-medal.html
[29] http://www.genetics-gsa.org/drosophila/2014/pages/awards.shtml
[30] http://www.linnean.org/The-Society/awards_and_grants/Medals+and+Prizes


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P.S. Afinal decidi incluir aqui a posteriori alguns prémios internacionais que eu considero importantes nas áreas que eu disse que não iria incluir nesta lista.


ÁREAS INFRA-CELULARES E MOLECULARES (BIOQUÍMICAS)

Grande Prémio Charles-Léopold Mayer Grand Prix Charles-Léopold Mayer
Atribuída pela Academia das Ciências do Instituto de França (Académie des Sciences de l'Insitut de France), França, a investigadores que tenham aprofundado a compreensão em Biologia Celular e Molecular, e em Genómica, anualmente desde 1961. [a]

Medalha E. B. Wilson E. B. Wilson Medal
Atribuída pela Sociedade Americana para a Biologia Celular (American Society for Cell Biology), Estados Unidos, por contribuições significativas e de longo alcance à Biologia Celular durante o decurso de uma carreira, anualmente desde 1981. [b]


ÁREAS COMPUTACIONAIS E MATEMÁTICAS (ESTATÍSTICAS)

Medalha Rohlf The Rohlf Medal
Atribuída pelos amigos e pela família de F. James Rohlf (the friends and family of F. James Rohlf), em reconhecimento pela excelência no desenvolvimento de novos métodos morfométricos multivariados ou sua aplicação em Biologia Evolutiva, Biologia das Populações, Antropologia Física ou Medicina, de dois em dois anos desde 2011. [c]


Existem também prémios para a divulgação da Ciência, para a ilustração científica e para biólogos amadores, como por exemplo (respectivamente), The Linnean Tercentenary MedalThe Jill Smythies Award ou The H H Bloomer Award [d]. Qualquer sociedade académica tem hoje um leque variado de prémios para atribuir.


Referências:
[a] http://www.academie-sciences.fr/activite/prix/gp_mayer.htm
[b] http://ascb.org/eb-wilson-medal/
[c] http://life.bio.sunysb.edu/ee/rohlf_medal/
[d] http://www.linnean.org/The-Society/awards_and_grants/Medals+and+Prizes

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Outros Colégios Universitários - França

Num post anterior (este aqui, muito anterior...) listei os colégios da antiga Universidade de Paris; agora listo os colégios de outras universidades que no ano de 1793 se localizavam em território francês. Genèricamente, pode-se dizer que o colégio universitário na França cingiu-se muito às funções de alojamento e ensino médio [1], ao contrário do que aconteceu na Inglaterra, onde os colégios assumiram em pleno as funções lectivas das universidades a partir da Reforma anglicana, em adição às funções de alojamento e ensino médio [2]. (Na Península Ibérica os colégios quase nem ofereciam o ensino médio, servindo só para alojamento caritativo de escolares pobres [3].) Vou listar por ordem cronológica da criação das universidades francesas e, dentro de cada uma, pela ordem cronológica da criação dos colégios, lembrando que em 1764 todos os colégios jesuítas franceses foram suprimidos e que em 1793 todas as 23 universidades da 1.ª República Francesa foram extintas, levando atrás os respectivos colégios [4]. Salto a da Córsega, que foi criada em 1765 só para ser suprimida em 1768 [5].

1181-1793 Université de Montpellier [6]
1263 Collège Valmagne
1360 Collège de Brescia ou de Pézenas (10 clercs pauvres)
1364 Collège de Saint-Ruf (18 étudiants Chanoines Réguliers)
1368 Collège de Saint-Benoît et Saint-Germain
1369 Collège de Mende ou des Douze-Médecins
1421 Collège de Michael Boel (prévu, pas exécuté)
1460 Collège de Gironne ou d'Aragon ou du Vergier
Collège-couvent des Franciscains
Collège-couvent des Dominicains
Collège-couvent des Carmelites
Collège-couvent des Augustins

1229-1793 Université de Toulouse [7]
1233 Collège de Saint-Raimond (le plus ancien)
1243 Collège de Vital Galtier
1251 Collège de Boulbonne (pour les étudiants de son abbaye)
1286 Collège de Saint-Bernard (cisterciens)
1337 Collège de Verdale
1339 Collège de Montlezun
1341 Collège Bélenger
1342 Collège de Narbonne (12 étudiants)
1359 Collège de Saint-Martial (20 étudiants)
1360 Collège de Périgord ou de Saint-Front (20 étudiants)
1360 Collège de Maguelonne (10 étudiants en droit)
1369 Collège de Montrevel ou de Lectoure
1382 Collège de Saint-Catherine de Pampelune
1417 Collège de Mirepoix
1429 Collège de Saint-Girons
1457 Collège de Foix
1533 Collège de Papillon
1566 Collège des Jésuites (devenu Collège Royal en 1764)
1604 Collège des Doctrinaires de Saint-Rome
1654 Collège de l’Esquile
1??? Collège de Saint-Pierre-des-Cuisines

1303-1793 Université d'Avignon [8]
1379 Collège de Saint-Martial (12 étudiants clunisiens)
1425 Collège d'Annecy
1453 Collège de Saint-Michel
1471 Collège de Jujon ou de Dijon
1476 Collège de Saint-Pierre ou du Roure
1491 Collège de Notre Dame de la Pitié (12 séculiers, 24 dominicains)
1496 Collège de Saint-Bernard ou de Senanque (cisterciens)
1500 Collège de la Croix
...?

1309-1793 Université d'Orléans [9]
Não teve colégios, apenas residências mantidas por estudantes.

1332-1793 Université de Cahors [10]
1358 Collège de Pellegry
1371 Collège de Rodez
1473 Collège de Saint-Michel

1337-1793 Université d'Angers [11]
[1031-16?? Collège de Saint-Maurice ou de la Porte-de-Fer]
1361-1793 Collège de Fougères (4 étudiants en droit)
1408-1793 Collège de la Fromagerie (4 étudiants)
1424-1793 Collège du Bueil (6 étudiants + Principal et Chapelain)
1509-1793 Collège Neuf ou d'Anjou (oratoriens depuis 1624)
[1604-1764 Collège Royal Henri-le-Grand (à La Flèche ; jésuites)]

1339-1565 Université de Grenoble [12]
Não se tem sequer a certeza se chegou a funcionar; reinstituída em 1543, foi definitivamente incorporada na de Valence em 1565.

1349-1793 Université de Perpignan [13]
1600-1762 Collège Royal Saint-Laurent (jésuites)
1765-1793 Collège Royal
...?

1365-1793 Université d'Orange [14]
Não teve colégios (chegou a ser constituída por um só professor que, como único membro do conselho, se elegia a si próprio Reitor!).

1409-1793 Université d'Aix(-en-Provence) [15]
Não parece ter tido colégios.

1421-1481 Université de Dôle (mudada para Besançon)
1485-1793 Université de Besançon [16]
1494-1793 Collège de Saint-Jérôme (clunisiens)
1498-1793 Collège de Saint-Bernard (cisterciens)
1565-1762 Collège de la Trinité (à Lyon ; jésuites)

1431-1793 Université de Poitiers [17]
1451-1603 Collège de la Vicanne
1461-1603 Collège de la Serenne ou Sirène
1478-1688 Collège de Puygarreau (8 étudiants)
1487-1600 Collège des Lautiers
1487-17?? Collège de Sainte-Marthe (jésuites 1607-1762)
1488-1603 Collège de Saint-Savin*
1488-1603 Collège de Géléasis*
1502-1603 Collège des Moreaux
1503-17?? Collège de Saint-Pierre ou des Deux-Frères
1507-1609 Collège de Montanaris
1???-1603 Collège de Saint-Jacques de Minage
1???-1603 Collège de la Tierie
1???-1603 Collège Ceslani

1432-1793 Université de Caen [18]
1452-1731 Collège du Cloutier, dit d'Enfer ou de Paradis
1460-1786 Collège des Arts
1491-1793 Collège du Bois, Harrington, de Gouvix ou de La Mare
1497-1793 Collège des Droits
1594-1793 Collège du Mont (jésuites 1609-1764)
1786-1793 Collège Royal de Normandie

1441-1793 Université de Bordeaux [19]
1533-1793 Collège de Guyenne
15??-1772 Collège de La Madeleine

1452-1793 Université de Valence [20]
1541-1793 Collège Royal Delphinal
1564-1793 Collège des Arts
1575-1588 Collège des Jésuites
1575-1793 Collège Morel
1575-1793 Collège Montluc
1643-1793 Collège du Saint-Sacrement

1461-1793 Université de Nantes [21]
Faculdade de Direito mudada para Rennes em 1735.
Collège de Launay
Collège de Mellerai
Collège de Saint-Jean

1464-1793 Université de Bourges [22]
1575-1764 Collège de Sainte-Marie (jésuites)
...?

1548-1793 Université de Reims [23]
1546-1793 Collège des Bons-Enfants (existait depuis avant 1245)
1608-1764 Collège des Jésuites

1559-1793 Université de Douai [24]
1561-1793 Collège Anglais de Douai
1562-1793 Collège du Roi
1564-1568 Collège de ... (devenu celui d'Anchin)
1568-1764 Collège d'Anchin*
1568-1793 Collège de Marchiennes
1573-1793 Collège des Écossais
15??-1764 Collège des Jésuites*
1603-1793 Collège de Saint-Patrick des Irlandais
1605-1793 Collège des Bénédictins
1609-1793 Collège de la Motte
1610-1793 Collège de Saint Grégoire (bénédictines anglais)
1615-1793 Collège franciscain de l'ordre des récollets anglais
1619-1793 Collège de Saint-Vaast
1625-1793 Collège franciscain de l'ordre des récollets écossais
16??-1793 Collège de Saint-Thomas-d’Aquin (dominicains)
*incorporados no Collège du Roi

1572-1769 Université de Pont-à-Mousson (mudada para Nancy)
1769-1793 Université de Nancy [25]
1572-1764 Collège des Jésuites (le seul collège, un collège-université)

1621-1793 Université de Strasbourg [26]
1621-1789 Collège de l’Université (Gymnase protestant ; existait 1537)
1681-1793 Collège Royal (catholique)

1722-1793 Université de Dijon [27]
Por ter sido demasiado pequena e tardia, não parece ter tido colégios.

1722-1793 Université de Pau [28]
1722 Collège Saint-Louis (jésuites 1622-1762 ; devient l'université)

Colégios não-universitários já existiam antes das universidades como escolas de gramática independentes (ensino primário e/ou médio). Alguns acabaram por ser incorporados numa universidade próxima, quer aquando da fundação desta, quer por uma decisão política tardia. São exemplos disso o Collège des Bons-Enfants de Reims, o Collège de l'Université de Strasbourg ou o Collège Saint-Louis de Pau. Aquando da expulsão dos jesuítas os seus colégios foram muitas vezes mantidos como colégios mas incorporado às universidades, mesmo quando o colégio jesuíta tinha sido independente e não directamente ligado a uma universidade (como o Collège Royal de Perpignan).

Referências
[1] Hilde de Ridder-Symoens, Chapter 4: Management and Resources, in Hilde de Ridder-Symoens (ed.) e Walter Rüegg (gen. ed.), A History of the University in Europe, Vol. II, Cambridge: Cambridge University Press, 1996, pp. 154-209 (pp. 155-157); Rainer A. Müller, Chapter 8: Student Education, Student Life, in Hilde de Ridder-Symoens (ed.) e Walter Rüegg (gen. ed.), A History of the University in Europe, Vol. II, Cambridge: Cambridge University Press, 1996, pp. 326-354 (pp. 335-337); Gabriel Compayré, Abelard and the Origin and Early History of Universities, New York: C. Scribner's Sons, 1902, pp. 187-198; Maurice Pellisson, entrada "France" no Dictionnaire Ferdinand Buissonedição electrónica, 1911.
[2] Hilde de Ridder-Symoens, Chapter 4... (p. 158); Rainer A. Müller, Chapter 8... (p. 335).
[3] Rainer A. Müller, Chapter 8... (pp. 335 e 337-339).
[4] Jacques Verger, Chapter 2: Patterns, in Hilde de Ridder-Symoens (ed.) e Walter Rüegg (gen. ed.), A History of the University in Europe, Vol. I, Cambridge: Cambridge University Press, 1992, pp. 62-65; Willem Frijhoff, Chapter 2: Patterns, in Hilde de Ridder-Symoens (ed.) e Walter Rüegg (gen. ed.), A History of the University in Europe, Vol. II, Cambridge: Cambridge University Press, 1996, pp. 80-106.
[5] História da actual Università di Corsica Pasquale Paoli, no website da universidade, 2014.
[6] Hastings Rashdall, The Universities of Europe in the Middle Ages, Vol. 2, Parte 1, Cambridge: Cambridge University Press, 1895, pp. 131-132; Gérard Cholvy (dir.), Histoire du Diocèse de Montpellier, Paris: Éditions Beauchesne, 1976.
[7] Hastings Rashdall, The Universities..., Vol. 2, Parte 1, pp. 168-170.
[8] Hastings Rashdall, The Universities..., Vol. 2, Parte 1, pp. 176-177.
[9] Hastings Rashdall, The Universities..., Vol. 2, Parte 1, pp. 147-148.
[10] Hastings Rashdall, The Universities..., Vol. 2, Parte 1, p. 180.
[11] Hastings Rashdall, The Universities..., Vol. 2, Parte 1, p. 157; Pierre Rangeard, Histoire de l'Université d'Angers, Angers: Imprimerie-Librairie de E. Barassé, 1868; Dominique Letellier-d'Espinose e Olivier Biguet, Collège d'oratoriens dit collège neuf ou d'Anjou, puis hôtel de ville, Angers: Ville d'Angers - Service Patrimoine Historique, Inventaire, 1981; Jean-François Bodin, Recherches historiques sur l'Anjou et ses monumens, Tome II, Saumur: Degouy Ainé Imprimeur-Libraire, 1823, pp. 214-247.
[12] Hastings Rashdall, The Universities..., Vol. 2, Parte 1, p. 181.
[13] Joseph Dehergne, Note sur les Jésuites et l'enseignement supérieur dans la France d'Ancien Régime (1560-1768)Revue d'histoire de l'Église de France, Tome 57, N.° 158, 1971. pp. 73-82.
[14] Hastings Rashdall, The Universities..., Vol. 2, Parte 1, p. 182.
[15] Hastings Rashdall, The Universities..., Vol. 2, Parte 1, pp. 185-187.
[16] Hastings Rashdall, The Universities..., Vol. 2, Parte 1, p. 190; Joseph Dehergne, Note sur les Jésuites... op. cit.
[17] Prosper Boissonnade (dir.), Histoire de l'Université de Poitiers : passé et présent (1432-1932), Poitiers: Imprimerie de Nicolas, Renault et Cie, 1932.
[18] Jules Cauvet, Le Collège des Droits de l'ancienne université de Caen, Caen: A. Hardel Imprimeur-Librairie, 1858, pp. 42 e 156; Amédée de Bourmont, La Fondation de l’université de Caen et son organisation au XVe siècle, Caen: Le Blanc-Hardel, 1883, p. 164-182.
[19] Ernest Gaullieur, Histoire du Collège de Guyenne, Paris: Sandoz et Fischbacher, 1874.
[20] Joseph Cyprien Nadal, Histoire de l'Université de Valence, Valence: Imprimerie E. Marc Aurel, 1861.
[21] Hastings Rashdall, The Universities..., Vol. 2, Parte 1, p. 203, nota 1.
[22] M. Fournier, L'Ancienne Université de Bourges Première Période (XVe siècle), Mémoires de la Société historique, littéraire et scientifique du Cher 9, 1893, pp. 1-93; Archives départementales et patrimoine du Cher, Université de Bourges, s/d.
[23] Eugene Ernest Cauly, Histoire du Collège des Bons-Enfants de l'Université de Reims, Reims: F. Michaud, 1885; Patrick Demouy, Histoire du Lycée Clemenceau, 2012.
[24] Enée-Aimé Escallier, L'abbaye d'Anchin,1079-1792, Lille: Librairie L. Lefort,‎ 1852, p. 270; Louis Trénard, De Douai à Lille, une université et son histoire, Villeneuve d'Ascq: Presses Universitaires du Septentrion,‎ 1978, p. 31; Adolphe de Cardevacque, Le Collège de Saint-Vaast à Douai, 1619-1789, Douai: L. Crépin,‎ 1882; Hilde de Ridder-Symoens, Chapter 4... (p. 160).
[25] Histoire de l'université et du collège de Pont-à-Mousson, de sa fondation en 1572 jusqu'en 1650, manuscrit numérisé sur le site de la bibliothèque multimédia d’Épinal; Delphine Fourot, Pont-à-Mousson : d'Hier à Aujourd'hui, L'Histoire de l'Université, s/d (2010?).
[26] Georges Livet e Pierre Schang (eds.), Histoire du Gymnase Jean-Sturm, berceau de l'Université de Strasbourg, Strasbourg: Éd. Oberlin, 1988; René Voltz, La Physique à Strasbourg : regards sur le passé (1621-1918), pp. 7-11.
[27] L'Université de Dijon : Un peu d'histoire, s/d. Não encontro muita informação em relação a esta antiga universidade na Internet.
[28] Joseph Dehergne, Note sur les Jésuites... op. cit.