terça-feira, 9 de dezembro de 2008

If love's a Sweet Passion...

If love's a Sweet Passion, why does it torment?
If a Bitter, oh tell me whence comes my content?
Since I suffer with pleasure, why should I complain,
Or grieve at my Fate, when I know 'tis in vain?
Yet so pleasing the Pain is, so soft is the Dart,
That at once it both wounds me, and tickles my Heart.

I press her Hand gently, look Languishing down,
And by Passionate Silence I make my Love known,
But oh! how I 'm Blest when so kind she does prove,
By some willing mistake to discover her Love.
When in striving to hide, she reveals all her Flame,
And our Eyes tell each other, what neither dares Name.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

1 de Dezembro de 1640: Restaurada a Independência de Portugal





Portugal e Algarves d'Àquém e d'Àlém Mar em África etc.

Todo o Império (excepto Ceuta...) quis ficar com Portugal.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

sábado, 1 de novembro de 2008

Gaveta com Saber: 1 ano + 1 mês


Pois é, já lá vai um ano (e um mês, 'tá bem, confesso que me esqueci e passei a data devida) desde que inaugurei este pobre blog... Por estranho que pareça até tem tido boas reacções! Tem de facto alguns posts interessantes (aquele dos colégios em Coimbra, que até foi traduzido para Língua Inglesa!) e, na verdade, foi quase exclusivamente para mostrar a quem estivesse interessado esses ditos textos interessantes que estavam na gaveta há tanto tempo, como eu disse aquando da Abertura da Gaveta! Uma vez cá fora, já não tenho nada mais para pôr no blog... Daí que tudo o mais seja um chorrilho de pataquadas, notas pessoais, notas impessoais, coisas para não me esquecer mas evitar de encher o bookmarks, enfim... nada de realmente interessante para dar ao mundo, nada que realmente valesse a pena tirar da gaveta. Pode ser que no futuro venha a ter mais coisas deveras interessantes para dar a conhecer — o que por acaso não me parece que vá acontecer, nem que seja só pela falta de tempo que vou ter nos próximos 12 meses (como se vê, nem consegui escrever nenhum post em Outubro). Mas viva o PDBC anyway!!!

sábado, 27 de setembro de 2008

Livros que mudaram a Ciência

Transcrevo aqui a lista dos livros que, segundo Carlos Fiolhais e Nuno Crato, mudaram a Ciência. Ver a original no blog De Rervm Natvra.

- Aristóteles (384-322 a.C.), Do céu (c. 300 a.C.)

- Euclides (c. 330 a. C. - 260 a. C.), Elementos (c. 300 a.C.)

- Cláudio Ptolomeu (c. 83 – 161), Almagesto (c. 150)

- Nicolau Copérnico (1473-1543), De revolutionibus orbium coelestium (Sobre as revoluções das orbes celestes) (1543)

- Pedro Nunes (1502-1578), De crepusculis (Do Crepúsculo) (1542)

- Johannes Kepler (1571-1630), Epitome astronomia Copernicanae (Compêndio de Astronomia de Copérnico) (1617-1621)

- Galileu Galilei (1564-1642), Sidereus Nuncius (Mensageiro das estrelas)(1610) e Dialogo di Massimo Sistemi del Mondo (Diálogo sobre os maiores sistemas do mundo) (1632)

- Isaac Newton (163-1727), Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica (Princípios Matemáticos de Filosofia Natural) (1687)

- Charles Darwin (1809-1902), The Origin of Species (A Origem das Espécies) (1859)

- Albert Einstein (1879-1955), Über die spezielle und die allgemeine Relativitätstheorie, gemeinverständlich (Sobre a relatividade restrita e geral, ao alcance de todos) (1917)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

domingo, 14 de setembro de 2008

Origin of Life - Lecture by John Maynard Smith

Lecture by John Maynard-Smith (1920-2004), 1995.





sexta-feira, 5 de setembro de 2008

The Scottish Play...

Blackadder the Third, Sense and Senility

domingo, 31 de agosto de 2008

Tirado de "Le malade imaginaire", de Molière


Molière, "Le malade imaginaire" (1673)

Acte II, Scène 5

...
THOMAS DIAFOIRUS. Avec la permission aussi de Monsieur, je vous invite à venir voir l'un de ces jours, pour vous divertir, la dissection d'une femme, sur quoi je dois raisonner.

TOINETTE. Le divertissement sera agréable. Il y en a qui donnent la comédie à leurs maîtresses; mais donner une dissection est quelque chose de plus galant.
...

Para além destas duas personagens, em cena estão Monsieur Diafoirus, médico e pai de Thomas Diafoirus; Argan, o doente imaginário; Angélique, filha de Argan; e Cléante, amado de Angélique. Thomas Diafoirus é um jovem estudante de Medicina que está a fazer em vão a corte a Angélique e, querendo ser agradável ao mesmo tempo que quer mostrar-se muito inteligente, convida-a para assistir a uma autópsia, como se a convidasse para um passeio! Toinette é a sarcástica criada...

Bla bla bla

Bla bla bla blá. Bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla.

(Pronto, apeteceu-me dizer nada. Às vezes acontece...)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Simbologia de Santos


Simon Ushakov (1626-1686), A Última Ceia (1685)

Os 12 Apóstolos iniciais:

Simão (Pedro) - duas chaves, cruz invertida, rede pesca, barba
André - saltério, livro, cabelo e barba brancos
Tiago (Maior) - vieira, cajado, chapéu de viandante, barba
João (Evangelista) - águia, cálice com serpe, sem barba
Filipe - cruz em tau, cesto de pães, velho, barba
Bartolomeu - faca e pele do seu martírio, barba
Mateus (Evangelista) - homem (anjo), a escrever num livro, barba
Tomé - gémeos, esquadro, dedo sobre chagas, lança, barba
Tiago Alfei (Menor) - livro (sua epístola), barba
Simão Zelote - barco, peixe, serra e cruz, barba
Judas Tadeu - machado, barba
Judas Iscariotes - sem halo, beijo da traição, forca/corda, barba

Outras personagens do Novo Testamento:

Matias - lança, barba
Saulo (Paulo) - espada, livro ou pergaminho, barba
Barnabé - ramo de oliveira, livro, barba
José - esquadro, menino, lírios, barba
Maria Magdalena - pote de unguento, cabelo longo
Marta - aspersor e balde, dragão
Ana - livro, porta, com Joaquim, Maria e/ou Jesus
Joaquim - cordeiro, pombas, com Ana e/ou Maria, barba
Verónica - sudário com imagem de Cristo
João (Baptista) - cabeça, cordeiro, cruz tosca, pele animal, barba
Isabel - idosa


Pieter Claesz Soutman (1580-1657), Os Quatro Evangelistas (1620s)

Outros Santos:

Marcos (Evangelista) - leão, livro, barba
Lucas (Evangelista) - touro, livro e lápis, barba
Nicolau - bispo oriental, 3 crianças numa selha, livro, barba
Jerónimo - leão, crânio, escrita, velho, barba
Bento - sino, taça partida, vara, corvo, barba
João de Deus - coração, coroa de espinhos, esmola, barba rala
Jorge - a cavalo, lança, armadura, dragão, sem barba
Francisco Xavier - crucifixo, coração, barba rala
Domingos - rosário, cão, estrela, sem barba
Cristóvão - árvore, ramo, menino, gigante, barba
Cecília - órgão portativo, flauta, rosas
António de Lisboa - livro, menino, lírio, sem barba
Agostinho - menino, pomba, escrita, barba
Vicente - palma, barco, corvo, sem barba
Francisco de Assis - lobo, pássaros, crânio, stigmata, monge
Sebastião - setas/lanças, amarrado, sem barba
Bárbara - torre com 3 janelas, relâmpago, palma, cálice

Construção da Universidade do Porto

Escrevi esta espécie de gráfico para perceber visualmente a construção da Universidade do Porto, que teve origem remota nas Aulas avulsas do final do século XVIII, tal como aconteceu em Lisboa e noutras partes do Império. A base para ele foi já o meu anterior post de "Escolas Superiores" Portuguesas antes de 1950 e a página web da Universidade do Porto.
Para avançar mais um bocadinho, descobri que em 1911, a data de criação oficial das Universidades de Lisboa e do Porto e da reestruturação da Universidade de Coimbra, as Faculdades nas respectivas Universidades eram as seguintes:

Universidade do Porto
Faculdade de Ciências
Faculdade de Medicina
Faculdade de Comércio
Escola de Farmácia
Universidade de Lisboa
Faculdade de Ciências
Faculdade de Medicina
Faculdade de Letras
Escola de Farmácia
Universidade de Coimbra
Faculdade de Direito
Faculdade de Ciências
Faculdade de Medicina
Faculdade de Letras
Escola de Farmácia

Garfield

June 6th 2008 Comic Strip
How I understand Garfield! Each time I'm watching a sunrise that only means I should be sleeping and am not!!!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Mais Citações Avulsas


"Serei um génio e o mundo admirar-me-á. Se calhar serei desprezado e incompreendido, mas serei um génio, um grande génio, tenho a certeza." Salvador Dalí, aos 15 anos

"Music is the silence between the notes." Achille-Claude Debussy, as quoted in Turning Numbers into Knowledge (2001) by Johnathan G. Koomey

"... e pude pensar sem que ninguém me interrompesse." José Luís Peixoto, in Cemitério de Pianos

"Every so often one finds in the press the idea that humans are unique. (...) In the wider view, man is no more unique than most other animals." N. Caldaro, in Evol Anthr 14:132-133 (2005)

"É por picar que é tão doce." Jean-Christophe Rufin, in O Abissínio

"Absence of evidence is not evidence of absence." Carl Sagan (que pensava exactament o oposto)

"A certeza é o desconhecimento da diferença." Ana Luísa Santos

"Python can turn your thousand dollar computer into a five dollar calculator!" Josh Cogliati, in Non-Programmer's Tutorial for Python

"Lapides crescent, Vegetabilia crescent e vivent, Animalia crescent, vivent e sentium. Hinc limites inter hacce regna constitua sunt." C. Linnaeus

"A experiência não é garante de sabedoria, mas costuma ajudar." Aydano Roriz, in Van Dorth - A Reconquista do Brasil

"Um caldo-verde para combater o frio". Maria de Lourdes Modesto

"There exists no single superb solution to a problem." adapted from G. McGhee, in The Geometry of Evolution

"... parecendo ser mais jovem do que aparentava, porque parecia um moço com ares de velho." Chico Buarque de Hollanda, in Budapeste

"To be clever enough to get all that money, one must be stupid enough to want it." G. K. Chesterton, in The Wisdom of Father Brown's The Paradise of Thieves

"Eu sou de ideologia marxista... mas da linha Groucho!" José Dinis, comunicação pessoal

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

The Lost Colleges of the University of Coimbra


Finally, my post on the university colleges at Coimbra got translated to English by Frank Cranmer and published in Robert O'Hara's site (The Collegiate Way). Check it out here: http://collegiateway.org/news/2008-coimbra-university-colleges

Finalmente, o meu post sobre os colégios universitários em Coimbra foi traduzido para inglês pelo Frank Cranmer e publicado no site do Robert O'Hara (The Collegiate Way). Aqui está o link: http://collegiateway.org/news/2008-coimbra-university-colleges

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Philippe Jaroussky canta Antonio Vivaldi

Aria "Se in ogni guardo", dell' Opera "Orlando finto pazzo"
Com o Ensemble Matheus dirigido por Jean-Christophe Spinosi, que são excelentes! O vídeo que eu queria por aqui, though, é este http://www.youtube.com/watch?v=9zQX2XqAE8c, mas o
embedding foi disabled by request. A música só começa lá para o 0:50 mas vale mesmo a pena esperar. É a perfeição total, solista e orquestra!

sábado, 2 de agosto de 2008

Infusões Simples

Na sequência das Tisanas Hatherlyanas, achei que estes pequenos textos que se seguem não se inseriam bem na designação "tisana". Então, chamei-lhes infusões. E são simples, sem açúcar.


1
Estava ela linda, deitada no banco do jardim, em frente ao Banco. Eu mirava-a, não conseguia desgrudar os olhos da figura dela. Não sei se ela me sentia. Mas estava linda. Avancei para ela e comi-a.

2
Didacus de Cirenus comia, comia, comia. E bebia. Quando explodiu ninguém estranhou muito. Ninguém? Bom, não era bem assim: Didacus de Cirenus ficou estupefacto! Ele não tinha consciência do que era.

3
His Highness The Cat rushed down the stairs after swindling His Lordship The Dog and Her Ladyship The Parrot of all their attention. Cats are swift, humans are unaware, and all the others are just all the others; but a cat that is a HH has all what all they have. When the humans became aware, the confusion had already been installed and was all too late...

4
Era uma vez um pato que andava sempre de costas. Um dia caiu, tropeçou e caiu, simplesmente... e nunca mais se levantou. Caiu para debaixo do machado do lenhador.

5
Eduardo de Castelo Negro tinha morto a namorada à facada, mas não foi esse o crime que o levou à alçada das autoridades: foi o seu cadáver que ficou à guarda da GNR quando foi encontrado. Ao longo da investigação foram-se descobrindo os podres de Eduardo. Nada se podia fazer sobre ele, e o pior é que alargava o leque de suspeitos. Um dia, semanas após o início das investigações, um brilhante inspector chegou e resolveu logo tudo: arquivou o caso por falta de um suspeito...

6
Era uma vez uma criança que se transformou em adulto sem perceber. Arranjou emprego, mas não sabia fazer nada. Estudou, mas não sabia o quê. Casou, criou família, mas não sabia porquê. Decidiu acabar com tudo e não conseguia. Desempregou-se, separou-se, deixou de ler, mas não conseguiu acabar com tudo. Tentou mudar-se. Tentou mudá-los. Tentou mudar tudo, todos, nadas. Não conseguiu. Mudou muito mas não tudo, nem todos, nem nadas. Havia sempre qualquer coisa — nunca conseguiu acabar com tudo. Nem quando morreu.

7
Era uma vez um rei que queria ser um homem do povo. Então, um dia, disfarçou-se de camponês e foi para o campo disposto a cavar a terra. Mas não sabia fazer aquilo e depressa se fartou. Quis voltar a ser rei mas não conseguiu, não o deixaram. Ele insistiu e foi açoitado, acusado, condenado a pagar o que não tinha, preso, mutilado, quase executado. Anos depois, quando saiu depois de cumprir a pena, conformado com a sua sorte e em como era sempre mais fácil descer na vida do que subir nela, encontrou à sua espera à porta da prisão o seu antigo secretário e o comissário da guarda, sorridentes e com o sentido do dever cumprido no olhar. “Sua Majestade está contente? Tal como queria, pensámos em lhe proporcionar uma experiência o mais próximo possível das que acontecem a um homem do povo...”

8
Alexandre da Silva Bruno, um abastado comerciante da capital, viu a sua vida escapar-se-lhe por entre os dedos no dia em que a agarrou com as mãos: a caixa estava vazia, as algibeiras estavam vazias, a cabeça estava vazia. Quis enchê-las mas as mãos nunca conseguem agarrar a vida, a não ser que seja material. Então perdeu-a.

9
Era uma vez um Alexandre de nome que tinha a mania que era Magno. Fazia com que toda a gente o tratasse por Magno, assinava Magno, chegou mesmo, ao chegar à maioridade, a alterar o nome no Registo Civil para Magno. Quando lhe morreu o tio-padrinho, a herança em testamento foi parar ao Alexandre...

10
O presunto era branco, da quantidade de toucinho que tinha. E era toucinho alimentado a farinhas industriais. Fazia Deus sabe que esforço por levar aquilo à boca, mastigar e engolir, fingindo que comia, tentando evitar que ele me enchesse o copo continuamente. Três horas depois, sentados num banco corrido a cair de podre, o papel em cima de uma pipa praliné de teias de aranha, a minha Parker de prata numa mão suada e suja de uma semana, lá consegui que o velho assinasse o contrato de venda...

11
A mesa cheia foi regada com champagne genuíno. Literalmente regada: ninguém reparou que a garrafa tinha sido agitada e a rolha estalou, chovendo o líquido nectarino para cima das iguarias. Ficou o jantar de Ano Novo estragado. Fomos jantar fora. E saiu mais barato!

12
O piano do Alberto estava todo, todo estragado! E o Alberto sabia. Era uma catástrofe para os outros quando insistia em tocar...

Heinrich Neuhaus toca Johannes Brahms

Intermezzo h-moll Op. 119, Nr 1

Intermezzo e-moll Op. 119, Nr 2

(sem palavras)

sábado, 26 de julho de 2008

Tisanas Hatherlyanas


306
Algo está sempre a acontecer. Por isso escrevo. Escrevo porque algo aconteceu ou acontece. Escrever é isso, mas escrever é sobretudo produzir o acontecer.

Ana Hatherly, in "463 Tisanas", Ed. Quimera

Introdução
Não sou poeta. Nunca fui e não espero ser. Mas escrevo pequenos parágrafos, pequenos momentos de imaginação, de pensamento, de prazer; pequenas ideias para desenvolver, visões para explorar... E a colecção já é vasta. I'll post them here, I thought. E decidi homenagear Ana Hatherly, poetisa portuguesa que publica estes seus pequenos momentos de escrita com o nome de "tisanas". E são deliciosos de ler! Se os meus tiverem, nem que ao de leve, a qualidade das tisanas de Ana Hatherly, já posso dizer que sou escritor amador.

8 Tisanas Hatherlyanas


1
Era uma vez um carrinho de compras, muito sujo e usado, mas muito matreiro e ousado, que foi um dia às compras comprar um carro a sério, mas a sério mesmo, mesmo que implicasse o seu abandono. Ele era suficientemente altruísta.

2
Quando estava bêbado, não via nada, porém lembrava-me de tudo. Estando sóbrio não me lembro de nada, porém vejo tudo...

3
Singing along with Carol, the carols everyone should hate, after we ate a turkey stuffed with Christmas and raisins. Raising a child is not easy, but then again, raising an adult should be harder—not that I ever tried, mind you!

4
Ai, como dói! As feridas são assim mesmo, feitas para doer, ou então não eram feridas feitas ou não eram mesmo feitas, porque para serem feridas feitas têm de ser feitas para doer como feridas. Oh my, como dói! E o pior é que é na alma, provando que ela existe.

5
Corria à chuva para não ficar molhado. Isto é, corria à chuva para encontrar um abrigo onde não fosse molhado pela chuva sob a qual corria para encontrar um abrigo onde não fosse molhado pela chuva. Mas ficava molhado porque fugia da chuva para não ficar molhado, por isso corria.

6
Excelência. É tudo o que é preciso. Nada mais é pouco. Tudo mais é excessivo.

7
Não queria, mas tinha que ser. Tinha de comprar aquilo custe o que custasse. E depois... logo se veria! Como pagar a água e a luz e a comida... Aquilo tinha de comprar. Era um idiota, nessa altura, e sabia tudo... Mas depois, a idade, as circunstâncias, as políticas, e tudo e tudo, mudaram... Mudaram o quê? Não me lembro! Deu-me uma branca! Estava a falar do quê? Mas que estupidez!... Então e agora? Sim, vemo-nos amanhã, é melhor. Pode ser que me lembre do que queria dizer. Adeus.

8
The Times Higher Education Supplement. 
European Journal of Medical Epidemiology. 
Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 
Cell. 
Que estranhos e diversos nomes têm as revistas científicas e académicas. E os jornais que informam pouco e apenas aquilo que alguns querem que seja informação e que seja informação para ser informada. Quanto não vale... sei lá o quê!, isto é só escrever...

A bit of PhD Comics - just to procrastinate a little...






http://www.phdcomics.com/comics.php by Jorge Cham

(Actually, all of these situations have happened to me! Blimey...)

Um outro não-conto...

Não é mesmo um conto, nem chega a ser um diálogo...
É um textozeco que me saiu e que eu acho giro.

sem título

— Chá com cebola — e pediu isto com toda a naturalidade. — Mas veja lá se o limão é fresco!

— Queira desculpar — disse o atarantado waiter —, percebi bem? Quer um chá de cebola?

— Percebeu mal — respondeu revirando os olhos —: quero um chá COM cebola.

— Ah, quer um chá... com cebola — tinha o ar de quem percebeu tudo e fez o gesto de apontar no bloco; mas... — Um chá de limão?

— Não, homem! — e voltando-se para mim: — Como é que esta gente é contratada para isto!
Voltou-se para o waiter:

— Um chá verde, chá chá, uma infusão de folhas de Camellia sinensis! Mas com cebola, percebeu agora?

— Â... Um chá verde com cebola...

O homemzinho, coitado, tinha agora o ar mais assustado e atrapalhado que eu já alguma vez vira nestas situações. Fingia anotar no caderno para não ter de a olhar nos olhos, mas a verdade é que não se mexia dali.

— Ouça — recomeçou ela condescendentemente —, faz o chá e traz à parte uma rodela de cebola fresca para eu pôr na chávena antes de deitar o chá.

E o homenzinho finalmente sorriu e anotou mesmo, num gesto que indicava claramente que antes só tinha fingido anotar. E depois mexeu-se.

Quanto voltou com o chá ela ficou danada:

— Então mas e o limão? Eu não lhe disse limão fresco?

O homenzinho estacou, ainda dobrado a colocar as coisas na mesa, a mandíbula balouçou-lhe sem que som algum saísse, os olhos arregalaram-se-lhe em perplexidade.

— Di-diss... Disse-me chá verde, madame!

— Chá verde com cebola, sei muito bem o que pedi! Então e o limão? Então não sabe que o chá verde vem sempre com uma rodela de limão?

E voltando-se outra vez para mim:

— Não sei mesmo como contratam estas pessoas. Really!

Escrito em Coimbra, a 26 de Julho de MMVII

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Regentes de Portugal


The Regent Diamond


Infelizmente, este diamante nada tem a ver com Portugal... Mas este post também nada tem a ver com diamantes (e temos outros como este)! Na Wikipedia existe uma listagem de Regentes por país e verifiquei que faltavam os de Portugal. Então, fiz eu uma lista (espero que completa) de pessoas que exerceram a Regência (isto é, governaram em vez do Monarca) em Portugal, lista que pus na Wikipedia.
...
(1112-1128 Teresa, Condessa Raínha de Portugal)
...
1245-1248 Afonso, Infante de Portugal, Conde jure uxoris de Bolonha
...
1383-1384 Leonor Telles de Menezes, Raínha de Portugal
1384-1385 João, Mestre de Avis
...
1438-1439 Leonor de Aragão, Raínha de Portugal
1439-1448 Pedro, Infante de Portugal, Duque de Coimbra

Armas do Infante Dom Pedro, Duque de Coimbra
...
1557-1562 Catarina de Áustria, Raínha de Portugal
1562-1568 Henrique, Infante de Portugal, Cardeal
...
1656-1662 Luísa de Gusmão, Raínha de Portugal
...
1668-1683 Pedro, Infante de Portugal
...
1704-1705 Catarina, Raínha Viúva de Inglaterra, Escócia e Irlanda
...
1792-1816 João, Príncipe do Brasil

Bandeira do Reino do Brasil, usada como Pavilhão Pessoal do 
Príncipe Regente do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves etc.
...
1826-1828 Isabel Maria, Infanta de Portugal
1828-1828 Miguel, Infante de Portugal
...
1831-1834 Pedro, Duque de Bragança
...
1853-1855 Fernando II, Rei jure uxoris de Portugal
...

As reticências indicam que antes e depois da Regência o Monarca por direito assumiu funções governativas. Excluí as Regências "menores", digamos, sem consequências maiores ou uma grande alteração na governação; como por exemplo a "falsa partida" para o Trono de Dom João II em 1477, ou a curta Regência do Príncipe Real Dom Luís Filipe por algumas dias/semanas em 1907, entre outras.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Dois pequenos textos...

Não são contos exactamente...


Escrevi a palavra caneta e continuei a escrever. Não sei porquê - nunca me tinha acontecido - não conseguia parar. Aquela palavra não me deixava. Ou então era a própria caneta que me segurava a mão e me obrigava a continuar a escrever, a escrever, a escrever e a escrever ainda. Não tinha nada para escrever, não tinha nada para dizer, mas o papel branco sujava-se com a tinta da maldita caneta que não deslargava. Fiz um esforço, olhei para o lado, para longe, esqueci-me que estava a escrever. Mas depois olhei sem querer, de relance, e vi que ainda escrevia. Como fazer para parar de escrever? Então lembrei-me: eu escrevi uma palavra e não consegui parar de escrever; então o melhor seria escrever outra vez a palavra para deixar de continuar a escrever! E escrevi-a: caneta.

Escrito em Lisboa, a 9 de Julho de MMVIII


Com um pedaço de plasticina molda-se um mundo, ou dois, ou três; ou nada ou tudo; ou se vê o que está por dentro, ou se mostra o que não existe, ou nos perdemos na cor mesclada que rola na mão que molda. E os sonhos aparecem, mesmo sem o serem, mesmo que queiram que sejam só sonhos, quando são muito mais que isso... Até que acaba a plasticina, se enrola numa bola e recomeça um novo mundo.

Escrito em Lisboa, a 14 de Julho de MMVIII

terça-feira, 15 de julho de 2008

Arturo Benedetti-Michelangeli toca Domenico Scarlatti

Sonata in si minore K30/L499

A perfeição, se ela existe...

Um conto...

sem título

Quando pus o CD a tocar nem pensei no equilíbrio precário em que se encontrava a pequena aparelhagem, assente em duas pilhas de revistas velhas, quais colunas dóricas, cada uma com um bom metro de altura (supostamente as duas teriam a mesma altura). O CD era de Bruckner, a sinfonia número cinco.

Não pensei mesmo que a aparelhagem se poderia ressentir daquela música, mas ressentia-se... À medida que se esforçava para me dar a leitura fria do CD, aquecia a pouco e pouco, o mostrador ficando cada vez mais brilhante enquanto mostrava (nunca percebi bem porquê) o tempo a passar, qual relógio de tempo limitado.

No segundo andamento da sinfonia, a aparelhagem dir-se-ia que suava. Eu suava de certeza, sentado incomodamente no sofá macio, incomodado pela força da música. Pensava em mim e em todas as sensações que aquela música me fazia sentir. Esquecia-me de pensar nos livros e nos móveis e em tudo o que, ali na sala, também era obrigado a sentir aquela música por minha causa. Na verdade não pensava — só sentia.

E quando a música se aproximava de um ponto alto e eu me agarrava ao sofá e contraía os músculos e tentava segurar o coração para que não me saltasse do peito, não percebi que a aparelhagem também se queria agarrar a qualquer coisa e aguentar o impacto da onda de sensações.

No final do grande clímax, mesmo nos seus últimos segundos, a aparelhagem não aguentou mais, resvalou até ao chão, o pedestal de revistas desmanchada, escorrendo como uma cascata de papel, ajudada por uma lufada de ar vinda da janela e que aparece sempre que a Natureza é obrigada a mostrar o seu mais íntimo.

A aparelhagem ficou inerte, caída, a luz do mostrador apagado, a porta das cassetes aberta como a boca aberta de um cadáver, enquanto revistas continuavam a chover-lhe em cima como flores atiradas para cima de um caixão... Ela não aguentara, não aguentava mais, nunca aguentaria mais fosse o que fosse. Bruckner tem destas coisas...

Escrito em Abrantes, a 8 de Setembro de MMVI

domingo, 13 de julho de 2008

Um conto curtíssimo...

sem título

Aconteceu-me uma vez, percebi que estava a ir para o lado errado e olhei em redor para conseguir ver uma placa de sinalização. Nenhuma à vista.

Fui mais adiante.

Lá estavam elas, em colmeia, as placas de sinalização. "Ora bem, vamos lá ver", pensei eu. Ler uma placa não é assim tão fácil como se podia pensar! A de cima dizia "PARA ALI" e a de baixo "PARA AQUI"... Enfim, não me cativaram e andei mais um bocado.

Sentia que me estava a enterrar cada vez mais, mas afinal havia mais pessoas por ali... Pensei em perguntar direcções mas não consegui.

Fui mais adiante outra vez à espera de tropeçar noutra amálgama de placas de sinalização. Lá estavam mais algumas: "PROIBIDO FUMAR", "PROIBIDO COMER", "PROIBIDO BEBER"...

Voltei para trás, corri... Se tivesse andado mais haveria placas com certeza a dizer "PROIBIDO RESPIRAR", "PROIBIDO SONHAR", "PROIBIDO VIVER"...

Escrito em Lisboa, a 7 de Julho de MMVIII

terça-feira, 10 de junho de 2008

Colégios Universitários em Coimbra (again)

1527-1834  Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra
????-????   Colégio de Santa Cruz *
1535-1566   Colégio de São Miguel
1535-1566   Colégio de Todos-os-Santos
15??-1???   Colégio de São João Baptista *
15??-1???   Colégio de Santo Agostinho *
1552-1834   Colégio Novo
1537-hoje  Universidade de Coimbra
1539-1834   Colégio de São Tomás
1540-1834   Colégio de Nossa Senhora do Carmo
1540-1834   Colégio de São Pedro **
1542-1759   Colégio das Onze Mil Virgens ou de Jesus
1543-1834   Colégio de Nossa Senhora da Graça
1545-1834   Colégio de São Bernardo ou do Espírito Santo
1545-1566   Colégio de São Domingos
1548-1834   Colégio de São João Evangelista ou dos Lóios
1548-1759   Colégio das Artes
1549-1834   Colégio de São Jerónimo
1550-1834   Colégio de São Paulo Apóstolo **
1550-1834   Colégio de São Boaventura ou dos Pimentas
1552-1834   Colégio da Santíssima Trindade
1555-1834   Colégio de São Bento
1566-1834   Colégio de Nossa Senhora da Conceição ou de Cristo
1572-1834   Colégio dos Terceiros ou dos Borras
1602-1834   Colégio de Santo António da Pedreira
1603-1834   Colégio de São José dos Marianos
1615-1834   Colégio dos Militares
1616-1834   Colégio de São Boaventura
1707-1834   Colégio de Santo António da Estrela
1755-1834   Colégio de Santa Rita ou dos Grilos
1779-1834   Colégio de São Paulo Eremita

* still uncertain of existence
** graduate colleges

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Dramaturgos and Playwrights Portugueses

Again, uma lista incompleta...

fl. 1193 Bonamis e Acompaniado (Arremedilho)

1465-1537 Gil Vicente (35 peças)
1481-1558 Francisco de Sá de Miranda (3)
1516-1569 Diogo de Teive (3)
1517-1580 Luís Vaz de Camões (3)
1528-1569 António Ferreira (n)

1705-1739 António José da Silva, "o Judeu" (10)
1765-1805 Manuel Maria Barbosa du Bocage (1)
1799-1854 João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett (21)

1810-1868 António Joaquim da Silva Abranches (n)
1810-1877 Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (2)
1815-1898 Joaquim da Costa Cascais (9)
1839-1871 Júlio Dinis (Joaquim Guilherme Gomes Coelho) (n)
1852-1908 Dom João Gonçalves Zarco da Câmara (12)
1866-1923 Adolfo Rodrigues da Costa Portela (5)
1871-1953 Francisco Xavier Cândido Guerreiro (n)
1876-1962 Júlio Dantas (11)
1880-1946 Alfredo Ferreira Cortês (6)
1890-1916 Mário de Sá-Carneiro (2)
1893-1970 José Sobral de Almada Negreiros (1)
1895-1967 Virgínia Vitorino (n)
1897-1959 António Tomás Botto (1)
1898-1983 Eduardo Chianca de Garcia (n)
1899-1965 José Campos de Figueiredo (1)
1900-1994 Maria Fernanda Teles de Castro e Quadros Ferro (2)

1901-1969 José Régio (José Maria dos Reis Pereira) (5)
1906-1997 António Gedeão (Rómulo Vasco da Gama de Carvalho) (2)
1907-1995 Miguel Torga (Adolfo Correia da Rocha) (5)
1911-1969 António Alves Redol (2)
1917-1996 Romeu Correia (13)
1919-2004 Sophia de Mello Breyner Andresen (2)
1922-hoje José de Sousa Saramago (5)
1922-hoje Agustina Bessa-Luís (5)
1923-1993 Natália de Oliveira Correia (6)
1924-1980 Bernardo Santareno (António Martinho do Rosário) (14)
1926-1993 Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro (9)
1926-2007 João Osório de Castro (6)
1931-2007 António Joaquim Magalhães Cabral (7)
1938-2007 Fiama Hasse Pais Brandão (4)
1941-hoje Mário Cláudio (Rui Manuel Pinto Barbot Costa) (4)
1949-hoje Rui Ferreira de Sousa (n)
1954-hoje Luísa Costa Gomes (7)
1965-hoje Possidónio Cachapa (1)
1972-hoje Miguel Castro Caldas (6)
1974-hoje José Luís Peixoto (3)
1976-hoje José Maria Vieira Mendes (13)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sete anos de pastor...

Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.

Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.

Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assi negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida;

Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: – Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!

Luiz Vaz de Camoens

domingo, 27 de abril de 2008

Fundações Portuguesas importantes em Ciência

Fundação para a Ciência e a Tecnologia (pública)
Fundação Calouste Gulbenkian
Fundação Oriente
Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento
Fundação Champalimaud
Fundação Portugal Telecom
Fundação Bissaya Barreto
Fundação Eng.º António de Almeida
Fundação AstraZeneca
Fundação Bial
Fundação Eugénio de Almeida
Fundação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL
Fundação Ilídio Pinho
Comissão Fulbright Portugal

sábado, 26 de abril de 2008

Edifícios dos Colégios Universitários em Coimbra

Edifícios dos Colégios de Jesus e das Artes nos séculos XVI a XVIII.

Num post anterior falei por alto dos Colégios Universitários em Coimbra. Neste pretendo apenas discriminar os edifícios desses colégios e a sua condição em 2008. É possível que em posts subsequentes eu me proponha uma descrição mais "thorough" de cada um desses colégios.

Mosteiro de Santa Cruz
Edifícios Existentes 2008
Colégio de São Miguel Centro de Artes Visuais
Colégio de Todos-os-Santos, Centro de Artes Visuais


Universidade de Coimbra

Edifícios Ocupados 2008
Colégio de São Tomás, Palácio de Justiça
Colégio de Jesus, Deps. de Zoologia e de Ciências da Terra
Colégio das Artes, Deps. de Bioquímica e de Arquitectura
Colégio de São Bento, Deps. de Botânica e de Antropologia
Colégio de São Pedro na Alta, Reitoria
Colégio de Sto António da Pª, Casa de Infância Dr. Elísio de Moura
Colégio de São José dos Marianos, Hospital Militar
Colégio de Sto António da Eª*, Junta de Freguesia de Almedina
Colégio de Santa Rita (dos Grilos), Administração da Universidade
Colégio Novo, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação

Edifícios Semi ou Não Ocupados**
Colégio de São Pedro na Baixa
Colégio de Nossa Senhora do Carmo
Colégio de Nossa Senhora da Graça
Colégio de São Domingos*
Colégio de São Boaventura na Baixa
Colégio da Santíssima Trindade
Colégio de São Bernardo*
Colégio de São Jerónimo

Edifícios Desaparecidos***
Colégio dos Militares
Colégio de São João Evangelista
Colégio de São Paulo Apóstolo
Colégio de São Paulo Ermita
Colégio de São Boaventura na Alta
Colégio de Nossa Senhora da Conceição

*De Santo António da Estrela, no fundo, já só resta o edifício da igreja onde é a Junta de Almedina; São Domingos nunca foi totalmente acabado e hoje a igreja é um centro comercial; São Bernardo apresenta-se completamente desfigurado, sendo um palacete e algumas lojas.
**Nenhum destes edifícios está realmente desocupados, porém, seriam os únicos que ainda seria possível voltar a usar para fins colegiais, penso eu.
***Estes nomes de colégios, pelo facto de terem os seus edifícios destruídos, podem ter o nome usado para colégios reinstituidos.

Ranking de Universidades Portuguesas por Tamanho (Número de Estudantes) em 2008

Lista de Universidades Públicas. Penso que se podem agrupar empiricamente em 3 clusters: >20.000, 20.000-10.000 e <10.000.






~28.000 Universidade do Porto
~24.500 undergrad, ~3.500 postgrad
(~2.000 docentes, ~1.200 funcionários)

~24.720 Universidade Técnica de Lisboa
~22.620 undergrad, ~2.100 postgrad
(~?.??? docentes, ~?.??? funcionários)

~21.680 Universidade de Lisboa
~16.679 undergrad, ~5.001 postgrad
(~1.900 docentes, ~1.210 funcionários)

~20.554 Universidade de Coimbra
~17.187 undergrad, ~3.365 postgrad
(~1.700 docentes, ~1.200 funcionários)

~15.000 Universidade do Minho
~13.000 undergrad, ~2.000 postgrad
(~1.200 docentes, ~600 funcionários)

~14.200 Universidade Nova de Lisboa
~12.800 undergrad, ~1.400 postgrad
(~1.500 docentes, ~800 funcionários)

~13.570 Universidade de Aveiro
~8.506 undergrad, ~5.064 postgrad
(~1.500 docentes, ~620 funcionários)

~10.000 Universidade do Algarve
~?.??? undergrad, ~?.??? postgrad
(~700 docentes, ~400 funcionários)

~9.200 Universidade Aberta
~8.000 undergrad, ~1200 postgrad
(~?.??? docentes, ~?.??? funcionários)

7.000 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
~?.??? undergrad, ~?.??? postgrad
(~500 docentes, ~550 funcionários)

6.000 Universidade de Évora
~?.??? undertrad, ~?.??? postgrad
(~?.??? docentes, ~?.??? funcionários)

5.400 Universidade da Beira Interior
~5.000 undergrad, ~400 postgrad
(~500 docentes, ~400 funcionários)

4.000 Universidade dos Açores
~?.??? undergrad, ~?.??? postgrad
(~?.??? docentes, ~?.??? funcionários)

3.300 Universidade da Madeira
~2.679 undergrad, ~621 postgrad
(~?.??? docentes, ~?.??? funcionários)

Gráfico empírico do n.º de estudantes (x 1000) nas Universidades

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Ninguém-Sabe-Quem-Ela-É toca Niccolò Paganini

Capriccio Op. 1, N.º 24 "Variações Paganini"
Em guitarra! Estupendo! E realmente ninguém no YouTube sabe quem ela é...

Jun 2008 - Aha, já se sabe quem ela é: Li Jie, guitarrista chinesa (obrigado Ludwig).

domingo, 20 de abril de 2008

Institutos de Investigação em Biotecnologias e em Ciências Biológicas em Portugal

(lista incompleta)

Universidade de Coimbra
 - Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC)
- Instituto Biomédico de Investigação da Luz e da Imagem (IBILI)
 - Instituto do Ambiente e Vida (IAV)
 - Centro de Investigação em Biotecnologia (Biocant)

Universidade de Lisboa
 - Instituto de Oceanografia
 - Instituto Bacteriológico Câmara Pestana
 - Centro de Genética e Biologia Molecular

Universidade do Porto
 - Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (IPATIMUP)
 - Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC)
 - Centro de Estudos de Ciência Animal (CECA)
 - Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO)
 - Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR)

Universidade Técnica de Lisboa
 - Instituto Superior Técnico (IST)
 - Instituto Superior de Agronomia (ISA)

Universidade Nova de Lisboa
 - Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB)
 - Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT)
 - Centro de Investigação em Genética Molecular Humana (CIGMH)

Universidade de Aveiro
 - Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM)
 - Centro de Biologia Celular (CBC)

Fundação Calouste Gulbenkian
 - Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC)

Fundação Champalimaud
 - Centro de Investigação da Fundação Champalimaud

Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior
 - Instituto de Investigação Científica Tropical
 - Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
 - Instituto Hidrográfico
(- Fundação para a Ciência e Tecnologia)

Outros
 - Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET)
 - Instituto do Mar (IMAR)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Notáveis Homens Portugueses Esquecidos

(notas para escrever mais tarde um texto)

Fernando de Portugal
 / Ferrand de Flandre (1188 - 1233)
Infante de Portugal. Filho de Sancho I.
Conde consorte da Flandres e do Hainaut. Casado com Jeanne I.

Pedro V de Aragão / Pedro de Coimbra (1429 - 1466)
"Príncipe" de Portugal. Filho de Pedro, filho de João I.
5º Condestável de Portugal (1443).
24º Mestre da Ordem de São Bento de Avis (1444).
Rei de Aragão (Pietro V) e Conde de Barcelona (Pere IV) (1463 - 1466).
Rei de jure de Valência (Pere III) (1463 - 1466).

Teodósio III de Bragança (1634 - 1653)
Herdeiro da Coroa Portuguesa. Filho de João IV.
9º Duque de Bragança.
4º Duque de Barcelos.
1º Príncipe do Brasil.

Manuel de Bragança / Emanuel Bragança (1697 - 1766)
Infante de Portugal e dos Algarves.
Marechal de Campo dos Exércitos Imperiais.
Nomeado para Rei da Polónia.
Nomeado para Rei da Sardenha e Córsega.

José de Bragança (1761 - 1788)
Herdeiro da Coroa Portuguesa. Filho de Maria I e Pedro III.
20º Duque de Bragança.
17º Duque de Guimarães.
15º Duque de Barcelos.
8º Príncipe do Brasil.
2º Príncipe da Beira.

Últimas Frases de Groucho Marx


"We'll put free sheets on all the beds, there'll be no cover charge"

"Whatever it is, I'm against it!"

"Well I thought my razor was dull until I heard his speech."

"Of course you know this means war!"

"What do you say the three of us get married: You girls have everything, you're short and tall, and slim and stout, and blonde and brunette. And that's just the kind of girl I crave!"

"[While shooting elephants in Africa] I found the tusks very difficult to remove. Of course, in Alabama the Tuscaloosa. But that's completely irrelephant to what I'm talking about."

"Why, you're one of the most beautiful women I've ever seen, and that's not saying much for you."

"No, my friends. No, money will never make you happy, and happy will never make you money. That might be a wisecrack, but I doubt it."

"Don't look now, but there's one man too many in this room, and I think it's you."

"Would you mind getting off of that fly paper so the flies can have a chance?"

"When I invite a woman to dinner I expect her to look at my face. That's the price she has to pay!"

"Hello, Cocoanut Arms. Yes, we have a dining room. If it's fish, we have it. If it's meat, we have it. If it's fowl, we've had it too long."

"An apprentice mortician? What, do you only bury live people?"

"Here I am talking to parties. I came here for a party. What happens? Nothing. Not even ice cream. The gods look down and laugh. This would be a better world for children if the parents had to eat the spinach."

"We'll set up a 75¢ meal that will knock their eyes out. After we knock their eyes out, we can charge them anything we want."

"I've always had an idea that my retirement would be the greatest contribution to science the world has ever known."

"I knew a girl from Minneapolis-St. Paul. She was known as "The Tail of Two Cities"

"A moose is an animal with horns on the front of his head and a hunting lodge wall on the back of it."

"Do infants have as much fun in infancy as adults do in adultery?"

terça-feira, 1 de abril de 2008

Os Dois Papas Portugueses

(notas para escrever mais tarde um texto)


DAMASVS PP. I (c. 305 - 384), Dâmaso I, 37.º Papa.
Nasceu ou em Guimarães ou em Idanha-a-Nova.












IOHANNES PP. XXI (a. 1226 - 1277), João XXI, 188.º Papa.
Pedro Julião, chamado Pedro Hispano.

Notas sobre Grandes Mulheres Portuguesas

(notas para escrever mais tarde um texto)

Mumadona Dias
(fl. 924 - 950)
Condessa de Portucale (c. 924).

Teresa de Leão, Rainha dos Portugueses.
Teresa (Tareja) de Leão (1080 - 1130)
Condessa consorte de Portucale. Casada com Henrique da Borgonha.
Condessa/Regente de Portucale. Em nome de Afonso Henriques.
Rainha dos Portugueses.

Teresa de Portugal (1157 - 1218)
Infanta de Portugal. Filha de Afonso I.
Condessa consorte da Flandres (1183).
Duquesa consorte da Borgonha (1191).

Berengária de Portugal (1195 - 1221)
Infanta de Portugal. Filha de Sancho I.
Rainha consorte da Dinamarca. Casada com Valdemar II.

Leonor Telles de Menezes, Rainha e Regente de Portugal.
Leonor Teles de Menezes (c. 1350 - 1386)
Rainha consorte de Portugal e do Algarve. Casada com Fernando I.
Regente de Portugal e do Algarve. Em nome de Beatriz I.

Beatriz (Brites) I de Portugal e do Algarve (1372 - 1410)
Infanta de Portugal e do Algarve. Filha de Fernando I.
Rainha consorte de Castela. Casada com Juan I.
Rainha de jure de Portugal e do Algarve.


Isabel de Portugal, Duquesa da Borgonha.
Isabel de Portugal (1397 - 1471)
Infanta de Portugal e do Algarve. Filha de João I.
Duquesa consorte da Borgonha (1439). Casada com Philippe III, o Bom.

Leonor de Portugal 
(1434 - 1467)
Infanta de Portugal e do Algarve. Filha de Duarte I.
Imperatriz consorte do Sacro-Império Romano-Germânico. Casada com Friedrich III.

Joana de Portugal (1439 - 1475)
Infanta de Portugal e do Algarve. Filha de Duarte I.
Rainha consorte de Castela. Casada com Enrique IV de Castela.

Joana de Portugal (1452 - 1490)
Infanta de Portugal e dos Algarves. Filha de Afonso V.
Santa Joana Princesa.

Isabel de Portugal, Imperatriz da Alemanha e Rainha de Espanha.
Isabel de Portugal (1503 - 1539)
Infanta de Portugal e dos Algarves. Filha de Manuel I.
Rainha consorte de Espanha (1526). Casada com Carlos I (Carl V).
Imperatriz consorte do Sacro-Império Romano-Germânico. Casada com Carl V (Carlos I).

Beatriz de Portugal (1504 - 1538)
Infanta de Portugal e dos Algarves. Filha de Manuel I.
Duquesa consorte de Sabóia. Casada com Carlo III.

Maria de Portugal (1521 - 1577)
Infanta de Portugal e dos Algarves. Filha de Manuel I.
6ª Duquesa de Viseu.

Emilia Louise van Portugal / Emília Luísa de Portugal (1603 - 1670)
"Princesa" de Portugal. Filha de Manuel de Portugal, filho de António I.
"Princesa" de Orange-Nassau. Filha de Emilia van Nassau, filha de Willem I van Orange.

Catarina de Bragança, Rainha de Inglaterra, da Escócia e da Irlanda.
Catarina Henriqueta de Bragança
(1638 - 1705)
Infanta de Portugal e dos Algarves. Filha de João IV.
Rainha consorte de Inglaterra, da Escócia e da Irlanda. Casada com Charles II.